Juliana Braga
postado em 06/10/2013 06:00
Diante dos contratempos das últimas semanas para os dois, em um acordo que surpreendeu até os mais próximos, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e a ex-senadora Marina Silva vão unir forças para enfrentar as eleições ano que vem. Em ato no Hotel Nacional, ontem, Marina se filiou ao PSB e carregou com ela os sonháticos Walter Feldman (SP) e Alfredo Sirkis (RJ). Apesar de a ex-senadora ter evitado assumir que será candidata a vice na chapa do governador, o cenário que se desenha é o da formação de uma aliança com os dois ex-ministros do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
;Apressam-se aqueles que pensam que a história se resolve em uma canetada;, afirmou Marina Silva logo no início da sua fala. Tanto ela quanto Eduardo aproveitaram para alfinetar os adversários e construir o discurso da candidatura alternativa. ;Aqueles que esperavam nos colocar para fora do processo hoje estão refazendo as contas;, disparou Eduardo. Marina disse ainda que todos pensaram que ela seria a ;candidata da internet;. ;Todo mundo ia curtir, e um bando de gente ia cutucar;, brincou.
Apesar de os dois terem evitado dizer quem seria o cabeça de chapa, Eduardo Campos foi apresentado como o ;futuro presidente do Brasil; e a própria Marina o reconheceu como candidato. ;Minha presença aqui o tem como candidato;, afirmou a ex-ministra. Minutos antes, no entanto, ela ponderou não ser uma militante do PSB, e sim da Rede, e que sua legenda ainda não havia feito esse debate sobre ter uma candidatura a vice.
Ela relatou em seu discurso que começou a admitir a dobradinha com Eduardo Campos ; que ela chamou de ;plano C; ; na madrugada de quinta para sexta-feira (veja quadro), quando o registro da Rede Sustentabilidade foi negado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A partir desse momento, ela colocou o deputado federal Walter Feldman (SP) e o membro da executiva da Rede Bazileu Margarido para entrar em contato com os correligionários de Eduardo Campos, e aí as tratativas se iniciaram.
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