Politica

Grupo político ligado a Carlos Lupi é investigado pela Operação Esopo

Ao menos seis suspeitos de participar da fraude que desviou R$ 400 milhões no Ministério do Trabalho têm em comum a proximidade com o ex-titular da pasta e presidente do PDT

Paulo de Tarso Lyra
postado em 15/09/2013 08:00
Veículo de luxo, dinheiro e documentos apreendidos pela Polícia Federal na semana passada: esquema com ramificações em todo o Brasil

O esquema desbaratado na semana passada pela Polícia Federal com a Operação Esopo envolve, mais uma vez, a ação do grupo político ligado ao presidente nacional do PDT, Carlos Lupi. Exonerado do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) em dezembro de 2011, na primeira ;faxina; da presidente Dilma Rousseff, Lupi voltou a ter influência na pasta, com a indicação de Manoel Dias para o cargo de ministro e a presença de aliados de longa data ; como Paulo Roberto Pinto, secretário executivo exonerado na segunda-feira devido ao suposto envolvimento em fraudes que chegam à cifra de R$ 400 milhões.

Paulo Roberto é amigo de Lupi há quase duas décadas. O pedetista é padrinho de casamento do ex-secretário executivo, exonerado por pressão do Planalto. ;Sou amigo dele mesmo e continuarei sendo. Não há nada que indique qualquer ligação dele com os fatos. Paulo está pagando por um erro cometido pelo número 2 dele;, disse Lupi ao Correio, em uma referência a Antônio Fernando Decnop, ex-secretário de Planejamento da pasta, um dos 22 presos na Operação Esopo.

A exoneração de Paulo Roberto foi pedida pela própria presidente Dilma Rousseff, ciente de que ele seria o braço operacional de Lupi no ministério e nos esquemas de desvio de verbas. Segundo as investigações, Paulo Roberto teria se aproveitado do apetite de Deivison Oliveira Vidal, presidente do Instituto Mundial de Desenvolvimento e Cidadania (IMDC), considerado por pessoas ligadas ao PDT uma pessoa extremamente agressiva do ponto de vista empresarial, e que foi preso na semana passada.

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