Politica

Operação Esopo aponta deputado como intermediário de verbas do ProJovem

Ademir Camilo é acusado em depoimentos de intermediar recursos do ProJovem com o Ministério do Trabalho. Verbas foram desviadas pelo IMDC

Luiz Ribeiro/Estado de Minas - Enviado especial, Felipe Canêdo
postado em 12/09/2013 08:43
Na operação, agentes da PF recolheram computadores e documentos no Ministério do Trabalho

Belo Horizonte ;
Ex-prefeitos de cidades mineiras presos pela Operação Esopo, da Polícia Federal, apontaram o deputado federal Ademir Camilo (PSD-MG) como intermediário de verbas do ProJovem, liberadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e direcionadas para municípios do Norte de Minas e do Vale do Jequitinhonha, onde o parlamentar foi votado. O programa é uma das maiores fontes de recursos sob suspeita de desvio para a organização da sociedade civil de interesse público (Oscip) Instituto Mundial de Desenvolvimento e Cidadania (IMDC), com sede em Belo Horizonte, acusado de desviar R$ 400 milhões de recursos públicos nos últimos cinco anos. A operação que prendeu 22 pessoas, incluindo seis ex-prefeitos, provocou a queda de quatro pessoas no MTE, entre elas o número 2 da pasta, o secretário executivo Paulo Roberto Pinto, filiado ao PDT.

[SAIBAMAIS]O deputado, contudo, refuta as acusações e nega o envolvimento. ;Deputado não é intermediário. Nós tivemos uma formatura em Belo Horizonte da primeira turma do ProJovem em Minas, de 12 mil pessoas, e eu estive presente. Posteriormente, o ministro (Carlos Lupi) garantiu ao governador Antonio Anastasia (PSDB) que ampliaria o número de jovens atendidos;, garantiu. Segundo Camilo, as cidades atendidas foram estipuladas pelo ministério.

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