A presidente Dilma Rousseff foi vaiada durante pronunciamento na 16; Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, realizada nesta quarta-feira (10/7), no hotel Royal Tulip. No discurso, Dilma não fez menção sobre o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), o que motivou o protesto dos prefeitos.
Os prefeitos gritaram durante o discurso, pedindo que a presidente falasse sobre o FPM - eles esperavam receber um aumento permanente de 2% no fundo, além de restituição nas perdas do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI). Quando Dilma terminou de falar, muitos prefeitos, revoltados, fizeram um pequeno protesto, estendendo faixas em frente ao hotel.
Dentre as medidas anunciadas pela presidente destaca-se o repasse de R$ 3 bilhões aos municípios brasileiros, cuja primeira parcela estará disponível a partir de agosto, e a segunda, a partir de abril de 2014. Dilma também reconheceu que houve atraso na execução do Programa Minha Casa, Minha Vida para os municípios com menos de 50 mil habitantes. "A partir de agora, todos os municípios com menos de 50 mil habitantes podem acessar o Minha Casa, Minha Vida. Não vamos mais deixar que haja seleção. Estamos passando para a Caixa e o Banco do Brasil a execução do programa nesses municípios". No total, o programa já entregou 1,3 milhão de moradias e contratou mais 1,4 milhão de unidades. A meta do programa é entregar, até o final de 2014, 2,7 milhões de moradias.
Na área da saúde, Dilma anunciou mais R$ 600 milhões por ano para o Piso de Atenção Básica (PAB). Dilma ainda defendeu o uso dos royalties do petróleo como fonte de recursos para o custeio de serviços como a saúde e a educação. "O governo encara essa proposta e consideramos que o critério de repartição tem de ser o mais equânime, equilibrado e democrático possível", disse.
Com informações de Karla Correia e Agência Brasil