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"Não se faz saúde de qualidade sem médicos", diz Dilma sobre novo programa

Durante o anúncio do Mais Médicos, a presidente deixou claro que o governo está empenhado em melhorar a saúde pública no país

postado em 08/07/2013 17:49
A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta segunda-feira (8/7) o programa Mais Médicos. As medidas fazem parte de uma estratégia do governo para aumentar o número de médicos, cuja proporção é de 1,8 profissionais para cada mil habitantes. Durante o pronunciamento Dilma deixou claro que o governo está empenhado em melhorar a saúde pública no país.

"Toda a pessoa tem que ser atendida com dignidade. Todo atendimento tem que ser humano e eficiente. O maior desafio é suprir esse necessidade com profissionais. O programa não tem como principal objetivo trazer médicos do exterior e sim levar mais saúde para o interior do Brasil", disse a presidente.

Mudanças
[SAIBAMAIS]Sobre os três eixos principais das mudanças, Dilma fez um resumo: "Vamos acelerar os investimentos em equipamentos e estrutura física; ampliar vagas nas universidades e criar faculdades de medicina; e suprir rapidamente a falta de médicos nas áreas mais carentes". A partir de janeiro de 2015, o estudante que ingressar na faculdade de Medicina em instituições públicas ou privadas estará sujeito a uma nova grade curricular. A medida faz parte do programa, que inclui um segundo ciclo de dois anos de trabalho na atenção básica, urgência e emergência do Sistema Único de Saúde (SUS) na formação médica. Com isso, o aluno levará oito e não seis anos para receber o diploma de médico.

A presidente reforçou a necessidade da qualidade no atendimento e da boa formação de médicos. "Não se faz saúde pública de qualidade sem médicos. Esse programa trata de garantir médicos e simultaneamente infra-estrutura., Saúde pública é ato de humanidade, respeito. Podemos erguer o hospital mais moderno, mas ele será inútil se nele não tiverem bons profissionais".

Escolha do médico
"O profissional de saúde tem o direito de trabalhar onde quiser e de fazer o tipo de medicina que escolheu como melhor para sua carreira. Mas algo deve ser feito para que todo o brasileiro tenha direito a um médico", falou Dilma. Quatro editais ; para chamamento de brasileiros, estrangeiros, cadastro de vagas de municípios, seleção de instituições de ensino supervisoras ; ficarão abertos simultaneamente por um mês. Após ser fechada a demanda dos municípios, serão convocados os graduados no país para ocuparem os postos. Caso sobrem vagas, brasileiros formados no exterior ou estrangeiros podem ser chamados.

Finalizando o pronunciamento, a presidente mostra confiança no interesse dos novos médicos no programa. "Quem vai atender os brasileiros que não tem acesso a um médico, até que todo esse processo amadureça e aconteça? É com isso que um governo também deve se preocupar. Acredito no interesse dos jovens médicos brasileiros pela proposta que fizemos. Tenho confiança que muitos vão comparecer, mas se isso não acontecer buscaremos médicos onde estiver".

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