postado em 02/07/2013 07:27
Além das propostas positivas, os parlamentares tentam ainda limpar a pauta negativa que provocou as reações dos manifestantes. O projeto que libera a chamada "cura gay", para"tratamento psicológico", foi um dos mais criticados em todo o país, desde que foi aprovado na Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM), da Câmara. Sob pressão, os deputados federais devem acelerar a tramitação do texto, levando-o esta semana ao plenário com regime de urgência. O objetivo é derrubá-lo, mas o apoio da bancada evangélica, que apresentou a proposta, poderá tornar a votação mais difícil. O Senado também deve seguir na esteira dos pedidos populares sobre o assunto. O presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou que pretende pautar, ainda nesta semana, o projeto que criminaliza a homofobia.
[SAIBAMAIS]O projeto da "cura" (decreto legislativo aprovado na CDHM) suspende a validade de uma resolução de 1999, do Conselho Federal de Psicologia (CFP), que impede psicólogos de atenderem homossexuais (LGBT) para tratamento de uma suposta "desordem psíquica". O texto deveria passar ainda pelas comissões de Seguridade Social e Família (CSSF) e de Constituição e Justiça (CCJ), mas o líder do PSol, Ivan Valente (SP), pretende apresentar hoje um requerimento para levá-lo direto para o plenário. O pedido já tem a assinatura favorável de partidos que representam 281 parlamentares. "Temos que agilizar essa votação, para derrubar o tema de uma vez por todas, como pedem as milhares de pessoas que lotam as ruas do Brasil", justifica Valente.