postado em 28/06/2012 10:48
Quase uma hora depois do início da sessão no Senado foi iniciado o depoimento do ex-chefe de gabinete de Agnelo Queiroz, Cláudio Monteiro. Mesmo tendo habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STJ), o depoente resolveu, de última hora, se defender das acusações feita contra ele. Monteiro é citado nas gravações feitas pela Polícia Federal na Operação Monte Carlos e suspeito de ligação com o grupo de Cachoeira.
O ex-chefe de gabinete disse não ter encontrado nos autos das investigações da PF nenhuma gravação dele e disse estar aberto a qualquer apuração ao ressaltar que ninguém pode se "escudar em um cargo para impedir uma investigação". "Fiquei como boneco de ventríloquo", lamentou. Rebateu a acusação de que possuía um rádio-celular da Nextel para se comunicar com o grupo de Cachoeira. "Onde está o rádio?", questionou.
No tempo inicial de defesa, Monteiro disse estar cercado de pessoas que querem promover vinganças pessoais. "Na escola diziam que na brincadeira valia tudo menos puxar cabelo, dedo no olho e xingar a mãe. No DF vale tudo", ironizou. Ao terminar a defesa ele entregou um requerimento aceitando a quebra dos sigilos fiscal, bancário e telefônico. "A princípio, por 10 anos, que é a praxe desta CPI, mas, se quiserem, pode ser por mais tempo". Além disso, disse que os três filhos dele também oferecem a quebra do sigilo fiscal e telefônico, ao mostrar que há registro no Serasa de dívidas de quase R$ 2 milhões deles. "Meus filhos estão oferecendo isso voluntariamente".
Ele fez um pedido de desculpas aos membros do Governo do Distrito Federal (GDF) e aos familiares pelo episódio "vexativo". "O tempo é senhor da razão. (...) Teremos oportunidade, na hora certa, no momento certo, de ter a verdade restabelecida", disse.