Politica

Silêncio impera na comissão que analisa o fim do 14º e 15º salários

Júnia Gama
postado em 12/03/2012 07:27
Após a garantia do senador Delcídio Amaral (PT-MS) de que o projeto para acabar com a farra dos salários extras vai à votação no próximo dia 20, a maioria dos senadores que integram a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) fugiu do tema. Levantamento realizado pelo Correio, desde terça-feira da semana passada, aponta que, dos 27 integrantes da comissão, 14 preferiram não se manifestar sobre o assunto e 11 declararam ser contra o recebimento dos rendimentos adicionais. O senador Ivo Cassol (PP-RO) foi o único que admitiu abertamente o desejo de continuar ganhando dois salários a mais do que qualquer trabalhador brasileiro. O senador Luiz Henrique (PMDB-SC) estava se recuperando de uma cirurgia e, por isso, não falou.

Para Ivo Cassol, o salário de R$ 26,7 mil pago aos senadores é muito pouco. Ele afirmou que utiliza grande parte do dinheiro com o pagamento de remédios e tratamento para pessoas pobres. No início da semana passada, logo depois de a Receita Federal instaurar procedimento investigatório para apurar o calote no IR, líderes de bancada fizeram uma defesa veemente da extinção da benesse. Nos bastidores do Senado, no entanto, o sentimento era de descontentamento. A maioria dos 27 senadores alega não poder emitir opiniões sobre o tema por não conhecer o projeto. É o caso, entre outros, do senador Lobão Filho (PMDB-MA), vice-presidente da CAE. Ele sustenta que ;ainda; não tem uma definição sobre o assunto porque não teve tempo de analisar a proposta, apresentada há mais de um ano pela então senadora e atual ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.

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