Júnia Gama
postado em 16/02/2012 07:05
No mesmo dia em que o chefe do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas, general José Carlos de Nardi, anunciou que Exército, Marinha e Aeronáutica vão incrementar nos próximos anos a vigilância nas fronteiras brasileiras, deslocando caças para a região amazônica, construindo submarinos e enviando efetivo, duas auditorias do Tribunal de Contas da União (TCU) traçaram uma radiografia nada animadora da segurança na área. Ao longo dos 11.627 quilômetros de faixa fronteiriça com países produtores de cocaína e maconha (Colômbia, Peru, Bolívia e Paraguai), há 826 homens da Polícia Federal. A média é de um agente a cada 16 quilômetros e um delegado para cada 100 quilômetros. Pior: 72,3% do contingente na área considera que não há articulação com as Forças Armadas, embora elas tenham poder de polícia para atuar nos crimes transfronteiriços desde 2010.O diagnóstico foi levantado pelo relator das auditorias, ministro Aroldo Cedraz, que tiveram como objetivo analisar o combate às drogas na fronteira brasileira e também as políticas de tratamento. Ambas foram aprovadas pelo plenário do TCU na sessão de ontem. Órgãos do governo federal diretamente ligados ao assunto terão 90 dias para apresentar um plano de ação no sentido de sanar os problemas detectados. Entre os ressaltados pelo relator, está a falta de capacitação dos policiais federais que atuam nas cidades de fronteira, que só fizeram 22% dos cursos na área de combate às drogas ofertados pela corporação. A maior parte do treinamento vai para as superintendências.
A matéria completa você lê na edição impressa do Correio Braziliense desta quinta-feira (16/2)