Politica

Futuro do ministro Mário Negromonte será definido ainda nesta semana

Paulo de Tarso Lyra
postado em 01/02/2012 07:13
Brasília e Havana ; O ministro das Cidades, Mário Negromonte, terá seu futuro definido ainda nesta semana, assim que a presidente Dilma Rousseff retornar da viagem a Cuba e ao Haiti. O próprio ministro, que chegou a dar uma entrevista dizendo estar ;mais firme que as pirâmides do Egito;, jogou a toalha nos últimos dias. Ontem, faltou a uma reunião do Grupo de Monitoramento do PAC, comandada pela chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. Ligou para a ministra , alegando ;estar preso em uma agenda interna;. Gleisi disse que tudo bem.

Curiosamente, aos correligionários, afirmou que não tinha compromissos no ministério ao longo de todo o dia. Na quinta-feira passada, durante reunião com parlamentares de Minas Gerais em busca de mais recursos para o estado, demonstrou mais uma vez seu grau de desânimo com o próprio futuro. ;Negociem a liberação desses recursos com o próximo ministro.;

Negromonte era esperado para participar de uma reunião no Planalto no fim da tarde sobre o PAC: não apareceu e Gleisi disse que

Durante entrevista coletiva concedida a jornalistas brasileiros em Havana, a presidente Dilma Rousseff repetiu o mesmo argumento dado no caso de Carlos Lupi, quando também estava em viagem ao exterior ; no caso, a Venezuela. ;As questões relativas ao Brasil. Eu já disse isso para vocês anteriormente. Vocês são insistentes, inteligentes e rápidos;, disse, sem esconder o sorriso. ;As questões relativas ao Brasil nós discutimos no Brasil, a partir de quinta-feira;, comentou.

O cerco a Negromonte, que havia amainado no ano passado, fechou-se novamente neste início de ano. Dois assessores diretamente ligados a ele tiveram que deixar a pasta. O primeiro exonerado foi Cássio Peixoto, chefe de gabinete do ministro. Peixoto é apontado como autor da fraude em uma obra da Copa do Mundo de 2014. Na segunda-feira, foi a vez do assessor parlamentar do ministério João Ubaldo Dantas. Ele é responsável pela interlocução da pasta com o Congresso.

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