Um protesto contra a visita do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, provocou tumulto e confusão no centro do Rio de Janeiro, na noite desta sexta-feira (18/3). Uma garrafa de coquetel molotov arremassada contra o consulado americano teria iniciado a confusão. Um segurança do consulado ficou ferido.
A polícia reagiu com tiros de balas de borracha, spray de pimenta e bombas de efeito moral contra os manifestantes. Ao menos 14 pessoas foram detidas por conta do protesto nesta noite. Os presos foram levados para a 5; Delegacia de Polícia do Rio.
O Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) divulgou nota nesta noite condenando a repressão policial contra a manifestação. Segundo o PSTU, o movimento foi organizado por sindicatos, movimentos sociais e partidos políticos, como o PSTU e a CSP-Conlutas, e reuniu cerca de 300 manifestantes. Eles saíram da Candelária em passeata pela Avenida Rio Branco até o consulado dos EUA.
O partido diz que as pessoas foram agredidas pelos policiais com cassetetes e balas de borracha, por volta das 19h, quando chegavam ao consulado americano. A Polícia Militar teria ainda acusado os manifestantes de haverem jogado o coquetel molotov que iniciou a confusão e provocou a reação da PM.
Na nota, o PSTU repudiou a violência e afirmou que fará nova manifestação contra o governo Obama e a "entrega" do pré-sal pelo governo Dilma neste domingo (20/3), às 10h, dia da visita de Obama ao Rio, no Largo do Machado.
Preparativos
O presidente norte-americano será recebido pela presidente Dilma Rousseff, neste sábado (19/3), às 10h, no Palácio do Planalto, em Brasília. Em seguida, às 10h20, os dois participam de uma reunião de trabalho e ao meio-dia farão uma declaração conjunta. O Palácio do Planalto concluiu na tarde desta sexta (18/3) os últimos detalhes da visita.
No domingo (20/3), Obama decidiu discursar apenas para convidados no Theatro Municipal, em vez de fazer um pronunciamento na Cinelândia, como chegou a ser anunciado por sua assessoria.