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Cristina Kirchner será submetida a cirurgia na cabeça na terça-feira

Será retirado um hematoma localizado entre o crânio e o cérebro

Agência France-Presse
postado em 07/10/2013 14:58

Cristina Kirchner deve ficar em repouso durante as importantes eleições legislativas de 27 de outubro


A presidente argentina, Cristina Kirchner, será submetida nesta terça-feira (7/10) a uma cirurgia para a retirada de um hematoma situado entre o crânio e o cérebro , informou nesta segunda em um comunicado o centro médico Fundação Favaloro.



"A presidente apresentou no domingo um formigamento em seu braço esquerdo (...) registrando uma transitória e leve perda de força muscular em seu membro superior. É indicada a intervenção cirúrgica que consiste na retirada do hematoma", indicou a Fundação.

Kirchner realizou nesta segunda-feira novos exames depois do diagnóstico de traumatismo craniano que provocou um hematoma subdural crônico, segundo informou o governo no fim de semana. "Os hematomas subdurais acontecem quando se acumula sangue no espaço subdural, entre as membranas do cérebro, e os sintomas aparecem entre a semana e um mês depois do traumatismo", explicou o médico Fernando Iglesias.

A presidente argentina sofreu vários episódios de hipotensão nos últimos anos que a obrigaram a suspender atividades oficiais. Em janeiro de 2012, menos de um mês depois de ter iniciado o segundo mandato, a chefe de Estado foi submetida a uma operação de extirpação da glândula tireoide, mas os médicos constataram que ela não sofria de câncer como havia sido diagnosticado inicialmente.

O período de repouso envolve as importantes eleições legislativas de 27 de outubro, que marcam a metade de seu segundo mandato, que vai até 2015. A presidente Kirchner participava de vários eventos relacionados à votação, após a derrota de seu principal candidato nas primárias que consagraram os postulantes para as eleições parlamentares. O traumatismo craniano foi sofrido em 12 de agosto, um dia depois das primárias. Suas circunstâncias não foram divulgadas pelo governo.

Em caso de enfermidade presidencial, a Constituição prevê que o vice-presidente assuma como interino. Nesse caso, a autoridade recai sobre Amado Boudou, de 50 anos, ex-ministro da Economia de Cristina Kirchner, entre 2009 e 2011.

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