postado em 12/11/2012 07:00
Pequim ; A troca de comando no poder central para a próxima década, iniciada com o 18; Congresso do Partido Comunista Chinês (PCC), não está entre os assuntos preferidos dos cidadãos do país mais populoso do mudo, seja em encontros formais ou mesmo em jantares descontraídos. Com quase 90 milhões de afiliados, a onipresente agremiação é o agente exclusivo das mudanças e o dono da festa. Tal qual na bandeira nacional da China ; onde figura como a estrela dourada maior, em torno da qual gravitam quatro menores, representando o povo ;, o PCC guarda as glórias da república popular, domina o cotidiano e planeja o futuro de todos.
Apesar de a transição de governo na segunda maior economia do planeta não despertar debates e manifestações públicas como as conhecidas nas democracias ocidentais, as aspirações de 1,3 bilhão de habitantes não deixam de ser percebidas ; e até mesmo avaliadas ; pelas autoridades máximas. O orgulho da população com o crescimento econômico recorde por quase duas décadas seguidas e os frutos dessa prosperidade são evidentes. É na juventude que se percebe melhor o paradoxal desfrute do luxuriante capitalismo chinês, do qual o aparelho comunista é sócio.