Os estudantes de engenharia elétrica da Universidade Brasília (UnB) João Macêdo, 23 anos, e João Victor Pereira, 24, criaram o E-xpert, dispositivo que tem o objetivo de mensurar o desempenho de uma pessoa em uma corrida ou caminhada. Criado no fim de 2015, ele é capaz de fazer o acompanhamento contínuo de um indivíduo num circuito, calculando a distância percorrida dentro do intervalo de tempo desejado. O sistema de aferição eletrônica, com 6cm de altura por 10cm de largura, funciona a base de bateria recarregável. ;A pessoa leva o equipamento num colete. Quando a prova termina, as informações são salvas em um cartão de memória, e é possível saber os resultados no computador;, explica João Macêdo, que usou a invenção como tema do trabalho de conclusão de curso dele, apresentado em dezembro de 2016.
;O equipamento é portátil, o custo é relativamente baixo, além de ser totalmente seguro, pois não existe acesso externo, o que evita que os resultados sejam burlados;, explica. ;As organizadoras de certames devem ser as principais interessadas. Em todo o país, são realizadas provas de corrida para concursos, e os métodos de avaliação manual não são tão precisos;, comenta João Victor. No mês passado, o Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe) se tornou o primeiro cliente do E-xpert e, este mês, os colegas entregarão um kit com 40 dispositivos à banca. Os criadores não divulgam o preço do produto. Compradores individuais podem adquirir também, mas, para esse tipo de freguesia, os jovens acreditam que o preço seria muito alto.
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Alunos aplicados, João Macêdo e João Victor participaram do projeto de extensão de fabricação de carros de corridas Apuama Racing, foram monitores de disciplinas e tiveram a ideia para a criação da tecnologia depois que notaram um problema sentido por corredores: a insatisfação com a maneira como o desempenho deles era avaliado. ;Buscamos potenciais clientes para saber das necessidades deles. A partir daí, idealizamos o dispositivo e ficamos cerca de um ano fabricando sozinhos. A graduação em engenharia elétrica ajudou, pois nos deu ferramentas para buscar resolver problemas;, conta João Victor. ;Não foi muito difícil. Usamos tecnologias existentes para criar uma nova. Foi uma questão de procurar as peças certas para resolver o problema;, lembra.
* Estagiária sob supervisão de Ana Paula Lisboa
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