Agência Estado
postado em 21/09/2016 14:38
O presidente Michel Temer disse que o Brasil passou por "brevíssimo período" de instabilidade política e que tem convicção que a medida de emenda constitucional que limita o aumento dos gastos públicos será aprovada. "A medida está sendo processada com muita rapidez no Congresso", disse o dirigente no almoço com 300 empresários e investidores em Nova York.
[SAIBAMAIS]Caso a medida do teto dos gastos estivesse aprovada há quatro anos, disse o dirigente, a situação fiscal no Brasil não estaria tão grave e não haveria déficit no país. Temer disse que recebeu hoje de manhã telefonemas de três líderes partidários falando que "fecharam questão" para votar a medida. "Temos apoio significativo no Congresso nacional."
O próximo passo, afirmou Temer, será a reforma da previdência, que será enviada em breve ao Congresso. "Estamos preparando conversas para uma radical reforma do sistema previdenciário."
Outra reforma caracterizada como prioritária é a adequação da legislação trabalhista, disse Temer, afirmando que isso vai gerar emprego. Temer disse que o Brasil enfrenta um déficit orçamentário muito grande, por conta de medidas que precisavam ter sido tomadas no governo de Dilma Rousseff e não foram. Além disso, o desemprego era outro ponto preocupante, com quase 12 milhões de desempregados. "Teríamos que enfrentar desde logo estas questões."
"Medidas que deveriam ter sido aprovadas há muito tempo e não foram e por isso geraram instabilidade no nosso país", disse Temer. Ele frisou que agora é preciso ter "interlocução muito forte" entre o poder executivo e o legislativo para garantir o avanço das reformas. "Desde o instante que assumi a presidência da República, nós levamos adiante projetos que estavam paralisados há mais de 11 meses, porque não havia relação entre legislativo e executivo."
Enquanto ficou interinamente no comando do Brasil, Temer disse que "tomou muito cuidado" com eventuais medidas que precisasse tomar para ajustar a economia. "O que nós fizemos foi levar adiante projetos que julgávamos indispensáveis ao país."