Economia

Dilma diz que abrirá capital da Caixa Econômica e prevê ano difícil em 2015

A presidente não estipulou prazo para que ações do banco sejam comercializas na bolsa. Ela prometeu manter programas sociais e diz que corte de R$ 100 bilhões "é chute"

Paulo de Tarso Lyra
postado em 22/12/2014 12:52
Dilma também reconheceu que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) exercerá um papel diferente em seu segundo mandato

A presidente Dilma Rousseff admitiu, durante café da manhã com jornalistas, que promoverá a abertura de capital da Caixa Econômica Federal. Mas reconheceu que isso não será feito agora. ;Eu vou (abrir o capital), mas demora;, declarou ela. A CEF então, se juntará ao Banco do Brasil, que já tem ações negociadas na Bolsa de Valores. Para isso, contudo, a Caixa terá de passar por um processo de reestruturação e saneamento para tornar-se atraente aos olhos dos investidores.

[SAIBAMAIS]Dilma também reconheceu que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) exercerá um papel diferente em seu segundo mandato, como adiantou a coluna Brasília-DF. ;Precisamos ter uma participação maior dos bancos privados nos processos de financiamento de longo prazo. O país não aguenta esse processo concentrado todo nos bancos públicos;.

Dilma lembrou que os bancos privados brasileiros têm um sistema de governança de qualidade, reconhecido internacionalmente e com capacidade para assumir esse papel financiador. A presidente não adiantou, contudo, os nomes que comandarão os bancos públicos, afirmando que, primeiro, nomeará os ministros do primeiro escalão. Arrematou, no entanto, que não aceitará indicações políticas para esses cargos.



Sobre 2015, a presidente reconheceu que será um ano difícil, com a necessidade de adoção de medidas drásticas, como a redução em R$ 8 bilhões do Programa de Sustentação do Investimento (PSI). Ela negou, contudo, as especulações de cortes na ordem de R$ 100 bilhões. ;Isso é chute puro. Esse número não foi discutido internamente ainda;, afirmou. Dilma prometeu, ainda, que não serão feitas reduções nos programas sociais.

Sobre o reatamento das relações entre EUA e Cuba, a presidente Dilma destacou a escolha acertada do Brasil em financiar, com recursos do BNDES, a construção de um porto em Mariel. "A melhor forma de se relacionar entre países não é por meio de governos e sim por meio de investimentos. Hoje, que o porto de Mariel está mais próximo da Flórida. Ele tornou-se o ;must;."

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