Paulo Silva Pinto, Vicente Nunes
postado em 31/10/2014 08:24
Após a decisão do Banco Central (BC) de elevar a taxa básica de juros do país, o governo prepara um pacote de corte de gastos para eliminar entre R$ 40 bilhões e R$ 50 bilhões no Orçamento de 2015, incluindo investimentos públicos, o que deve exigir um esforço radical. A ideia é anunciar as medidas antes de 12 de novembro, quando o ministro da Fazenda, Guido Mantega, embarcará rumo a Brisbane, na Austrália, para participar da reunião de ministros do G-20, grupo de países desenvolvidos e emergentes.;Será um corte importante de gastos. Mas os números ainda estão sendo fechados pela Fazenda;, disse um integrante da equipe econômica, lembrando que serão analisadas medidas com efeitos a médio e longo prazos.
Com os cortes, o governo pretende sinalizar um superavit primário do setor público de 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2015. Somente a União teria que fazer uma economia de 2% do PIB antes do pagamento de juros da dívida. Para este ano, a meta é de 1,9% no consolidado do setor público, mas a expectativa é de que não se chegue sequer a 1%.
Embora o Orçamento não esteja aprovado, o governo planeja anunciar os cortes imediatamente, em vez de esperar para contingenciar os valores depois da chancela do Congresso Nacional. Tampouco se pretende esperar pela indicação do novo ministro da Fazenda: ao chegar, ele encontrará a situação fiscal de 2015 já decidida.
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