Economia

Banco dos Brics deve ajudar o governo de Cristina Kirchner a se recuperar

Prestes a dar calote, Argentina busca apoio em instituição que será criada por emergentes

postado em 15/07/2014 08:29
Cristina Kirchner foi convidada a participar da cúpula como observadora
A Argentina poderá ser o primeiro tomador de crédito do Novo Banco de Desenvolvimento, que será criado nesta terça-feira (15/7) pelos presidentes dos países-membros dos Brics ; grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, durante a reunião de cúpula, em Fortaleza. A informação é de fontes extraoficiais com trânsito entre os organizadores do evento. O convite para que a Argentina participe do encontro de líderes como observador partiu do governo russo, em maio. Antes de chegar ao Brasil, domingo, para a final da Copa do Mundo, o presidente Vladimir Putin fez uma escala em Buenos Aires, no sábado (12/7).

[SAIBAMAIS]O mandatário russo começou sua visita à América Latina na sexta-feira, quando esteve em Havana. Lá, ele afirmou que a China apoiará a entrada da Argentina no Brics. No entanto, há resistência à participação efetiva do vizinho no grupo. Ontem, empresários reunidos na capital cearense questionaram a presença da Argentina na reunião dos Brics. Para o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, o país vizinho não se encaixa no conceito do grupo, que busca solucionar os problemas de segurança jurídica, e que almeja ;uma democracia plena;.

Apesar das incertezas financeiras da Argentina, Rússia, China e Brasil têm interesse em ajudar o país vizinho, que é destino da maior parte das exportações de manufaturados brasileiros e um grande produtor de grãos. Os russos querem sair do isolamento e, assim como os chineses, querem ampliar sua presença na América Latina. Não à toa, Rússia e China veem com bons olhos que um país que não tem mais crédito com as instituições ocidentais possa encontrar apoio no novo banco dos emergentes.


Buenos Aires pode acabar decretando uma nova moratória. Atualmente, o país governado por Cristina Kirchner atravessa uma nova crise de crédito porque perdeu na Suprema Corte dos Estados Unidos a apelação contra o processo de cobrança US$ 1,3 bilhão por fundos que não não renegociaram a dívida em 2005.

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