Economia

Governo avalia pedido da Petrobras para aumento da gasolina e do diesel

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que tudo dependerá do comportamento da inflação. A palavra final será da Fazenda

Rosana Hessel
postado em 14/08/2013 08:32
O governo recebeu vários pedidos da Petrobras para o reajuste nos preços dos combustíveis, mas, por enquanto, não atenderá nenhum deles. Ontem, ao admitir que a equipe econômica está analisando os pleitos da estatal, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, destacou que a cobrança é legítima, mas o aumento, neste momento, ;não é bom;, porque a inflação continua muito alta, atingindo 6,3% em 12 meses, praticamente no teto da meta perseguida pela Banco Central, de 6,5%.

Para a equipe econômica, alta dos combustíveis neste momento não é boa. Analistas garantem que a defasagem em relação ao exterior quintuplicou
Segundo Lobão, realmente há defasagem entre os preços internacionais da gasolina e do diesel e os valores cobrados nos postos brasileiros. Mas, no entender dele, ainda são necessárias avaliações mais detalhadas sobre o impacto de mais um reajuste na atividade ; o último ocorreu no início deste ano ;, e essas análises e a decisão passam pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, que também é o presidente do Conselho de Administração da Petrobras. A Fazenda não quis comentar o assunto.



A situação da Petrobras vem se agravando desde abril, com a disparada das cotações do dólar e do petróleo. A diferença em relação ao mercado internacional está minando o caixa da estatal, que precisa tocar pesados investimentos. Nas contas da RC Consultores, nos últimos quatro meses, a defasagem quintuplicou, passando de R$ 0,08 para R$ 0,40 por litro do combustível. No geral, as refinarias do país praticam um valor 23% menor que o verificado no exterior.

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