Simone Kafruni
postado em 14/08/2013 06:05
O governo federal sentiu na pele a precariedade do trabalho terceirizado no país ao levar um calote de duas empresas prestadoras de serviços nos ministérios da Fazenda, da Justiça e da Integração e também no Banco do Brasil. As empresas Adminas Administração, com sede em Belo Horizonte, e a Delta Locação de Serviços e Empreendimentos, baseada em Lauro de Freitas (BA), receberam os recursos para honrar os salários de seus funcionários, mas deixaram centenas de trabalhadores de mãos abanando. Os órgãos, agora, terão de garantir o pagamento dessas pessoas, que não têm outra fonte de renda.
Às vésperas da apreciação, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, do projeto de lei 4.330, que promete regulamentar e expandir a atividade, a polêmica é grande, e o sentimento dos trabalhadores terceirizados é de pesar. Recepcionista no Ministério da Justiça, Laís Nogueira, de 23 anos, disse que a Adminas não depositou o salário de mais de 500 funcionários, apesar de constar, no portal Transparência, que o repasse, de R$ 1,782 milhão, referente aos serviços prestados, foi feito.
;No Paraná, já houve uma greve dos trabalhadores por falta de pagamento. Segunda-feira, a sede da empresa, em Minas, amanheceu de portas fechadas, e os colegas foram orientados por seguranças a se dirigirem ao sindicato. Em Brasília, os representantes simplesmente desapareceram. Os terceirizados não têm a quem recorrer;, lamentou Laís.
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