A falta de regulação dos planos de saúde coletivos deixa brechas para reajustes exorbitantes por parte das operadoras. Um levantamento do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) ; feito a partir de análises judiciais contra as empresas do segmento ; mostrou que a correção anual desse tipo de contrato pode chegar a 538,27%. A pesquisa detectou ainda que, dos processos analisados, os aumentos foram considerados abusivos em 82% dos casos.
[SAIBAMAIS]Ao contrário do que acontece com os planos individuais, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) não pode impor regras para os coletivos, embora a direção da entidade já tenha se manifestado favoravelmente a regular todos os planos. ;Além de não haver controle, a metodologia usada nesses contratos não é transparente. No momento da venda, os consumidores não são devidamente informados (de quais são os critérios usados para estabelecer o índice de reajuste);, comentou Joana Cruz, advogada do Idec.