postado em 19/02/2012 08:17
Ser estável e ter uma boa remuneração são as principais justificativas de quem busca um emprego no funcionalismo, e essas vantagens levam cada vez mais jovens a ter o Estado como patrão. Nos últimos 10 anos, apenas no Executivo ingressaram mais de 40 mil pessoas com até 30 anos ; faixa etária também chamada de Geração Y, com nascidos nos anos 1980 até meados de 1990. O Correio conta a história de nove pessoas que conseguiram a aprovação logo após sair da faculdade ou antes mesmo de ingressar no ensino superior. Elas ganham salários entre R$ 4 mil e R$ 19 mil e, além de ter os benefícios do serviço público, mostram como é possível evitar a estagnação e decolar na carreira.
São casos como o de Gustavo Souza, 25 anos, que em sua primeira experiência profissional passou no concurso do Ministério Público da União (MPU) e, hoje, chefia um grupo de 120 pessoas. Também o de Cintia Silva, 27, que coordena a equipe de documentação do Ministério das Cidades. Há ainda relatos de pessoas que foram aprovadas em provas tradicionalmente concorridas, como João Thiago Oliveira, delegado da Polícia Federal desde os 23 anos; Bruno Pereira Rezende, 1; colocado no certame do Ministério das Relações Exteriores (MRE) aos 22, ou Elyesley Silva, que, aos 24, é servidor da Câmara dos Deputados.
De acordo com o Boletim Estatístico de Pessoal do Ministério do Planejamento, 65.218 servidores públicos federais civis ativos no Executivo têm até 30 anos ; 12,4% do total de funcionários. Há 10 anos, 23.851 servidores estavam nessa faixa etária: 5,2% do total. Os jovens representam dois terços do crescimento total de servidores do Executivo, de 458.674 em 2001 para 521.749 em 2011. ;Hoje em dia, o serviço público é uma febre. As pessoas estão sendo muito seduzidas em relação a isso, pois há um apelo maior, com mais informações e muitos cursos preparatórios para concursos. Então, elas estão se despertando mais para esse tipo de carreira. Há também a velha e boa situação de estabilidade;, explica o psicólogo Fernando Elias José, mestre em cognição humana pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS).
Mas o que acontece com aqueles que conseguem a aprovação para cargos com remuneração alta? José argumenta que há outros desafios para evitar a estagnação. ;Vejo que, mesmo que esteja realizado, o jovem pode seguir outras linhas. Há a área acadêmica, compatível em muitos momentos. O servidor também pode resgatar algo que pensava em fazer antes de prestar concursos. É uma questão muito pessoal;, define o psicólogo.
Leia a matéria completa na edição impressa deste domingo (19/2) do Correio Braziliense