Manu Gavassi começou a fazer sucesso em 2010, quando surgiu com os hits Planos Impossíveis e Garoto errado, de seu primeiro álbum. Depois de lançar dois álbuns, Manu fez uma pausa na música para dedicar à carreira de atriz. Em dezembro de 2015, ela lançou o primeiro EP independente com cinco faixas, intitulado Vício.
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Agora, a cantora acaba de assinar com a gravadora Universal Music e se prepara para lançar um material inédito, apontado pelo Correio como uma das apostas deste ano para o cenário pop nacional. Em entrevista exclusiva, a artista revelou detalhes e novidades sobre a produção do novo disco, que tem previsão para ser lançado ainda neste semestre. Confira:
O que significa começar o ano em uma nova gravadora e com um lançamento próximo?
Para mim é a melhor maneira de começar o ano. É um disco que vai ser lançado agora, mas já está sendo pensado há muito tempo. Fiquei no último semestre bem focada nisso, em compor as músicas, experimentar sonoridades e conversar com produtores diferente. Eu estava um tempo afastada da música porque tava atuando e depois disso eu lancei um projeto completamente independente que foi o meu EP, Vício.
Como foi trabalhar no EP? O que você tirou dessa fase?
Foi o primeiro trabalho independente que eu fiz, eu que decidi tudo, desde a parte visual até das músicas, os arranjos... É legal porque comecei muito novinha e agora vejo como me preocupo com todos os aspectos. Foi muito melhor do que eu imaginava porque eu lancei esse EP realmente sem pretensão nenhuma, não trabalhei televisão nem rádio com ele e mesmo assim fui muito bem recebida na mini turnê que eu fiz, o que mostra um resultado muito positivo. Fiquei muito feliz em ver que a galera tá aberta mesmo a ouvir o que eu tenho pra falar. E agora a gente terminou esse ciclo em dezembro no Z festival, em São Paulo.
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No Z Festival você se apresentou no mesmo palco que Anitta, Tiago Iorc e Demi Lovato. Como foi essa experiência?
Adoro a Demi e todo esse povo da Disney que tem a minha idade. Eu meio que cresci ouvindo eles, então foi uma vibe muito boa, todos os shows foram lindos e eu acabei ficando pra assistir. Fiquei muito surpresa com a reação da galera, ver eles cantando as musicas mesmo sendo algo independente, perceber que agradou essa galera e que o público que nem era meu tava curtindo o som. Foi muito especial.
Quais foram as suas inspirações durante a composição do novo álbum?
Eu sempre ouvi muita música pop, principalmente agora no meu último CD, mas eu estou ouvindo mais coisas eletrônicas. Tem uma menina chamada Melanie Martinez que eu comecei a ouvir no ano passado, o som dela é muito bom. Tem contraponto das batidas eletrônicas mais pesadas com a voz suave dela, mais menininha. Isso você também pode ouvir no trabalho da Lily Allen. Eu gosto de cantores assim e que sabem contar história, porque gosto muito dessa parte do que falar nas músicas. E a Lily Allen e a Melanie são dois bons exemplos. A lorde também. Para o meu álbum eu ouvi coisas mais pop, mais radiofônicas, como o novo CD do Justin Bieber e da Selena Gomez. Tudo é inspiração pra compor, independente de ficar parecido ou não com a sonoridade.
Suas músicas sempre foram totalmente autorais, certo? Mas desta vez você trabalhou em parceria com a cantora Ana Caetano, do Anavitória, em três faixas. Como aconteceu?
Eu adoro as duas, ficamos super amigas há muito tempo porque temos o mesmo empresário e eu sempre tive muita identificação com a Ana, do jeito que ela escreve as músicas e como ela conta as histórias dela. Aí, ela começou uma música depois de um show meu e me mandou pelo whatsapp. Eu fui continuando e mandando pra ela. Depois, a gente juntou e nasceu a nossa primeira parceria. As minhas músicas eram sempre só minhas, então pra mim foi uma mudança que agregou bastante. Eu fiquei bem feliz com a nossa parceria, além de adorar o trabalho dela.
Você se imagina fazendo outras parcerias?
Me imagino sim! Acho que eu perdi o medinho de compor com outra pessoa. Dá uma vergonha mostrar as suas ideias assim, mas acho que isso me abriu portas e fica uma mistura bem bacana. Também traz um crescimento pro trabalho, uma mudança que é importante, então eu pretendo fazer mais parcerias.
Você pensa em levar seu trabalho para fora do Brasil?
Sempre falei que eu tinha vontade de gravar em espanhol porque eu gosto muito da língua. E eu sempre ouvi, meu pai gosta muito de música em espanhol, de umas bandas mexicanas e gosto muito da sonoridade, sou da geração RBD. Sempre tive vontade e eu faço até aula de espanhol. Agora tô começando a brincar de fazer umas versões em espanhol. Vamos ver se vai pra frente.
Pra finalizar, quais são os seus discos mais aguardados de 2017?
Ed sheeran e Taylor Swift! São meus maiores ídolos. O Ed lançou as duas músicas e eu quase tive um ataque, então são por esses que vou ficar noites sem dormir.
* Estagiário sob a supervisão de Vinicius Nader