Diversão e Arte

'Natureza viva' reúne nove artistas para exposição ar livre na Funarte

Eles vão desenvolver pequenos espaços arborizados e com esculturas em bancos. A exposição será permanente e está instalada na área externa da fundação.

Renata Rios
postado em 05/11/2016 07:35

Obra 'Pedras', do artista Lourenço de Bem

A partir das 17h de hoje, os brasilienses poderão desfrutar de um novo espaço voltado para a ocupação da área pública. Trata-se do projeto Natureza viva artes visuais/ambiente cerrado, da Funarte, que reúne nove artistas da capital para desenvolver pequenos espaços arborizados e com esculturas em bancos. A exposição será permanente e está instalada na área externa da fundação. ;Eu acredito que esse é um projeto que pode ser referencial para o Brasil e pode chamar a atenção para a necessidade de incorporação;, pontua Francisco de Assis Chaves Bastos (Xico Chaves), diretor do centro de artes visuais da Funarte nacional.

A ideia do projeto é que, além de o espaço servir como ambiente de descanso e contemplação da natureza ao redor da Funarte, os bancos, desenhados por artistas convidados, estejam integrados ao meio ambiente. ;Procuramos artistas que trabalham em ambientes abertos, foram artistas bastante diversificados e cada um trouxe um pouco de suas características para seus espaços;, detalha a coordenadora de difusão cultural da Funarte, de Brasília, Débora Aquino.

O projeto reúne também duas tendências. A primeira é a ocupação dos espaços públicos. ;Está crescente o número de pessoas que ocupam os espaços públicos na cidade. Essa ocupação faz com que os espaços se moldem para receber essas pessoas;, explica Débora.

Já a outra tendência, é a valorização do cerrado, que, segundo Xico Chaves, é o bioma mais rico em diversidade pelo metro quadrado do mundo. ;Esse projeto vislumbra trazer o cerrado novamente para o Plano Piloto;, aprofunda o especialista.

Projeto Natureza Viva
Artes Visuais/Ambiente Cerrado

Galeria Fayga Ostrower e gramado do Complexo Cultural Funarte Brasília (Eixo Monumental, Setor de Divulgação Cultural). Hoje, às 17h. Inauguração, no gramado da Funarte, dos bancos-esculturas de Bené Fonteles, Carlos Lin, Cecília Bona, Felipe Cavalcante & Pedro Ivo Verçosa, Ligia Medeiros, Lourenço de Bem, Nina Coimbra e Yana Tamayo. Até 30 de novembro, de terça a domingo, das 10h às 21h, exposição sobre o projeto. Classificação indicativa livre. Entrada franca.


Obras e os artistas por trás do projeto:
Banco para contemplação
Bené Fonteles

A intenção do artista é chamar a atenção para dois aspectos, a convivência harmônica e a valorização do trabalho arcaico e humano.

Entre o céu e a terra
Carlos Lin

A obra faz referência a tradição que caracteriza a natureza e a cultura do Planalto Central.

Topografia para o cosmos
Cecília Bona

Essa cratera artificial de 6m de diâmetro pretende levar o observador a apreciar o céu monumental da capital

Observatório de astros
Pedro Ivo Verçosa e Felipe Cavalcante

Nesse espaço, o banco-painel sugere um momento ócio. Trata-se de um espaço que permite alimentar a preguiça.

Banco dobradura
Ligia de Medeiros

Dobradura, como o banco foi chamado, também é conhecido como namoradeira. Como o primeiro nome sugere, a obra foi feita a partir de uma dobradura e então adaptada para a atual escala.

Pedras
Lourenço de Bem

Onze bancos em formato de pedra trazem a proposta de não alterar as características originais do espaço
onde estão colocados.

PRISM
Nina Coimbra

Esse espaço consiste em uma composição livre de bancos unitários em forma de losango. Por ser modular, a série pode ser composta de diversas maneiras diferentes.

Paisagem cambiante VI
Yana Tamayo

Uma espécie de topografia urbana, a paisagem é composta por volumes de concreto. Esse ambiente, busca pensar a cidade como um espaço de constante mudança.

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