Nahima Maciel
postado em 07/11/2013 18:03
O escritor baiano Antônio Torres foi eleito pela Academia Brasileira de Letras (ABL) para ocupar a cadeira de n; 23, que pertencia ao jornalista Luiz Paulo Horta, morto no início de agosto.
Torres foi eleito para a ABL com 34 dos 39 votos necessários e passa agora a ocupar a cadeira que já foi de escritores como Alfredo Pujol e Zélia Gattai.
Aos 73 anos, Torres é autor de 17 livros, entre romances, coletânea de contos e histórias infantis. Nascido em um povoado no interior da Bahia, ele publicou o primeiro romance, Um cão uivando para a lua, em 1972, mas foi com Essa terra, de 1976, que o escritor ganhou projeção nacional.
No romance, o baiano fala de êxodo rural com uma narrativa muito marcada por histórias autobiográficas. Essa terra foi o primeiro de uma trilogia completada por O cachorro e o lobo e Pelo fundo da agulha, romance mais recente do escritor e vencedor do Prêmio Jabuti de 2007.
Antônio Torres também recebeu outros prêmios literários, entre eles o Machado de Assis, da própria ABL, concedido em 2000. Os romances e livros de contos do escritor têm como cenários tanto o meio rural como a vida urbana ou ainda a história do Brasil, como é o caso de Meu querido canibal (2000), que relata a saga dos índios tamoios, na época da fundação da cidade do Rio de Janeiro.
Em 2011, o escritor baiano tentou ingressar na academia, mas foi derrotado pelo jornalista Merval Pereira Filho. Os outros escritores que concorriam à cadeira 23 são Blasco Peres Rego, Eloi Angelo Ghio, José Wiliam Vavruk, Felisbelo da Silva e Wilson Roberto de Carvalho de Almeida.
*Com informações da Agência Brasil