Liana Sabo
postado em 30/05/2013 06:00
Pirenópolis (GO) e Brasília ; Monguba, mamorama, castanhola, carolina, munguba, cacau selvagem, castanha-do-maranhão e até paineira-de-cuba. Não faltam nomes a essa frondosa árvore nativa da América Central e do Sul. As grandes flores, amarelas e de pontas avermelhadas, lhe dão um toque de exotismo, além da função ornamental, como arborizar ruas urbanas, inclusive as quadras de Brasília. Mas é nos frutos da monguba, dos quais se aproveitam as sementes, que está a surpresa gastronômica.
;Mais gostosa que o baru, a castanha da monguba parece uma avelã;, define o chef catalão Juan Pratginestós, proprietário do restaurante Montserrat, situado à beira do Rio das Almas, em Pirenópolis. ;Estou há quatro anos aqui e nunca havia visto o fruto;, revelou o chef. Foi o caseiro do sítio de uma amiga quem lhe apresentou a monguba, colhida no mato. Moída, ela é usada por populações ribeirinhas em substituição ao café ou ao chocolate.
As sementes ainda podem ser consumidas cruas, cozidas ou torradas. O chef preferiu torrá-las para fazer farinha, que usou sobre uma sobremesa de amêndoas e nozes, em forma de bolinho, servido com doce de laranja-da-terra, calda de laranja e Cointreau. De textura macia, a farinha é mais delicada que a do baru.