Diversão e Arte

Cidades do Entorno reivindicam valorização de suas manifestações culturais

postado em 03/05/2011 08:00

Participantes reconheceram a relevância do encontro, mas reclamaram do pouco tempo para aprofundar os temas
O Entorno do Distrito Federal quer ser valorizado e reconhecido culturalmente. Esta foi a impressão mais forte deixada pela 3; Conferência de Cultura do Distrito Federal, encerrada no último domingo, em cerimônia no auditório do Museu da República. Durante a reunião de representantes do DF e Entorno, feita para criar e discutir propostas de políticas públicas enviadas para o Governo Federal e do Distrito Federal, os delegados do Entorno faziam questão de salientar a inclusão da região, próxima ao Distrito Federal, nas decisões do fórum. ;Nós conseguimos que todas as propostas incluíssem a palavra Entorno nos textos. Mas, faltam mais colaborações, como por exemplo, a valorização dos Pontos de Cultura destas cidades e a criação de um calendário com eventos fixos. É bom não esquecer que o Entorno faz parte da história e da memória do Distrito Federal;, relembrou a delegada de Valparaíso-GO, Alice Bites.

A reinvidicação por inclusão foi percebida até pelo vice-governador Tadeu Filippelli, que participou da cerimônia. ;A reivindicação da inclusão do Entorno mostra o fortalecimento da democracia participativa. São vocês, nos entregando a tradução dos problemas, que podem nos ajudar a governar;, afirmou Filippelli, que chegou a ser vaiado quando chegou ao edifício.

Outra reivindicação, também por mais valorização, foi feita por delegados das regiões rurais do Distrito Federal. ;Nós temos de valorizar as manifestações rurais que envolvem também os moradores urbanos como rodeios e shows, mas também a cultura do dia a dia;, pretendia o delegado da zona rural do Gama, Adelino Roberto Barbosa.

Diversidade
Diante de plateia formada por representantes de diferentes manifestações culturais, inclusive ligadas a etnias indígenas e negras, o secretário de Cultura, Hamilton Pereira, lembrou de citar a diversidade cultural brasileira e de Brasília. ;Esta cidade tem vocação para ser a ponta de lança da tolerância às diferenças. É muito importante a participação de vocês para que possamos retecer a teia de governabilidade no Distrito Federal. Fazia tempo não via um diálogo tão fecundo e também contraditório. Por isso mesmo, um diálogo legítimo;, afirmou Pereira.

Ao usar um megafone improvisado, durante a formação da mesa com representantes do governo, a conselheira Rita Andrade reclamava da falta de um representante da sociedade civil no palanque. A mesa era composta pelo deputado distrital Cláudio Abrantes (PPS), o diretor de participação social da Secretaria-Geral da Presidência da República, Pedro Pontual, o secretário de Articulação Institucional do Ministério da Cultura, João Roberto Peixe, e a coordenadora da conferência, Lilia Diniz.

Rita contestou o aprofundamento das discussões durante o encontro. ;É certo que a categoria não era ouvida nas decisões de governo há 12 anos. Mas, me parece que a organização da conferência está mais preocupada com os números do que com a qualidade do evento. Durante os três dias, nós tivemos apenas de seis a oito horas de discussão;, contestou a conselheira.

Ao todo, foram encaminhadas 20 propostas criadas por quatro grupos de discussão: diversidade, descentralização e democratização; economia da cultura; patrimônio cultural, arquitetura e formação e intercâmbio cultural.

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