postado em 28/09/2009 13:26
Paraíso foi uma grande aposta para Vanessa Giácomo. A atriz tinha a oportunidade de interpretar a antagonista Rosinha com ares de mocinha, visto que não havia qualquer traço de vilania imposto na sinopse da novela. Mas a vontade de arriscar falou mais alto e ela optou por construir a personagem com uma pitada a mais de raiva e ousadia. O resultado, às vésperas do término do folhetim, é comemorado pela intérprete. ;As pessoas veem uma mulher de atitude ali. Muita gente na rua me dizia que se identificava com ela. Ninguém fica tranquilo quando uma terceira pessoa aparece e destrói seu sonho de uma vida a dois;, pondera, referindo-se ao triângulo amoroso formado por sua personagem e pelo casal Zeca (Eriberto Leão) e Maria Rita (Nathalia Dill).É justamente esse traço de rebeldia e determinação que Vanessa mais valoriza. A atriz já se acostumou a ouvir as pessoas dizendo que ela é sempre vista nas obras de Benedito Ruy Barbosa. E todas campestres. Mas isso está longe de ser um problema para ela. Ainda mais porque, a seu ver, os papéis não se repetiram em Cabocla, Sinhá Moça e Paraíso, os três folhetins do autor que contaram com sua presença. ;Tem esse lado rural nos trabalhos dele, é inegável. Mas o Brasil tem muita coisa diferente para abordar. E cada personagem tem uma função distinta na história;, analisa.
Depois de cinco anos de carreira na tevê, Vanessa não tem queixas a respeito de seu currículo, que não se restringiu a trabalhos com Benedito. Logo no fim de 2006, depois de encarnar a determinada Juliana em Sinhá Moça, foi chamada para participar da minissérie Amazônia ; De Galvez a Chico Mendes, de Gloria Perez. Pouco depois, descobriu estar grávida de Raul, seu filho, hoje com um ano e meio. Isso não a impediu de ser lembrada por Aguinaldo Silva para participar dos primeiros meses de Duas caras, quando viveu a quieta Luciana, melhor amiga da mocinha Maria Paula (Marjorie Estiano). ;Adoro trabalhar com o Benedito e, ao mesmo tempo, isso não me restringe em relação aos outros autores. Gosto de papéis que me toquem, me instiguem, e os dele sempre fazem isso comigo;, elogia.
Um dos fatores que talvez contribua para suas aparições constantes nas produções assinadas por Benedito é a necessidade de se desvencilhar de uma personagem antes de assumir outra. Vanessa não esconde que, apesar de admirar quem consegue emendar novelas, não consegue fazer isso. ;Preciso de tempo para ver outras coisas, estudar novas possibilidades;, assume. Além disso, a atriz deixa escapar que não dispensa oportunidades de reciclagem fora da tevê. Mais especificamente, no cinema. ;Consigo realizar outras necessidades como atriz nos filmes;, resume ela, que marcou presença em Os 12 trabalhos, Canta Maria, O menino da porteira, Jean Charles e no português A ilha dos escravos.
Às vésperas do fim de Paraíso, Vanessa não quer adiantar o que vem pela frente na carreira. Mas deixa escapar que em breve volta ao batente. Mais precisamente, no início do ano. ;Mas não posso dizer ainda o que vai ser porque é cedo e algo ainda pode mudar;, desconversa.