Roberta Machado
postado em 22/08/2014 06:05
As primeiras estrelas do Universo fariam o Sol parecer um grão de areia. Pesquisadores encontraram uma evidência de que os astros iniciais eram dezenas de vezes maiores do que o ponto que ilumina a Terra. Rastros de uma dessas megaestrelas foram encontrados em um corpo celeste chamado SDSS J0018-0939, localizado a quase mil anos-luz de distância. Na esfera de gás, os astrônomos identificaram uma assinatura química segundo a qual havia ali elementos que formaram uma estrela 140 vezes maior do que o Astro-Rei. A descoberta, publicada na revista Science, pode mudar a forma como os astrônomos compreendem a formação e a evolução do Cosmos.
[SAIBAMAIS]A comunidade científica já teorizava que os corpos celestes primordiais eram bastante grandes, mas essa é a primeira prova das estrelas de proporções gigantescas. Nos últimos 30 anos, os especialistas têm procurado por estrelas como essa ; astros com pouco metal que tenham sido formados no início dos tempos. No entanto, nenhuma pesquisa havia encontrado na Via Láctea a assinatura de explosões de supernova de estrelas muito maciças, com mais de 100 massas solares.
A estrela fóssil, como a chamam os pesquisadores, foi detectada com o espectrógrafo de alta dispersão do Telescópio Subaru, no Japão. Sua composição não se encaixa em nenhum modelo estelar tradicional, com uma quantidade de ferro 300 vezes menor do que a do Sol e significativamente deficiente em elementos leves, como o carbono e o magnésio.
A matéria completa está disponível , para assinantes. Para assinar, clique .