Belo Horizonte ; Para preservar uma espécie, seja ela qual for, é fundamental conhecer sua fonte de alimentação. Pensando nisso, um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Lavras (Ufla) e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) realizaram um estudo sobre a composição da dieta da tartaruga-tigre-d;água (Trachemys dorbigni). O artigo acaba de ser publicado pelo Journal of Natural History, periódico científico que tem como foco a entomologia e a zoologia e considerada uma das 100 publicações mais influentes em biologia e medicina ao longo dos últimos 100 anos, de acordo com pesquisa feita pela Special Libraries Association (SLA).
Durante quase um ano, o grupo, formado por Anelise Torres Hahn, Clarissa Alves da Rosa, Alex Bager e Ligia Krause, coletou tartarugas atropeladas na BR-392, próximo a Pelotas (RS), região que tem um alto índice de atropelamentos de animais. ;Eu mesma coletava as tartarugas mortas na rodovia. Elas eram levadas ao laboratório para identificação do sexo, biometria e retirada do estômago. Esse era preservado em formol para posterior análise no laboratório;, conta Hahn, doutora em zoologia pela PUC-RS e mestre em biologia animal pela UFRGS.
De 73 indivíduos recolhidos, 39 tiveram o conteúdo estomacal removido, que foi uma das principais contribuições dessa pesquisa, como lembra Clarissa Rosa, ecóloga e doutoranda no programa de pós-graduação em ecologia aplicada da Ufla. Ela explica que, geralmente, os estudos são feitos por meio das fezes, o que limita os resultados, já que o processo de digestão pelo qual passam os alimentos dificulta sua identificação.
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