Pela vida das mulheres, em defesa da democracia, da igualdade de gênero e contra o racismo. São esses alguns dos motivos pelos quais mulheres, organizações feministas, entidades sindicais, movimentos sociais e estudantis marcharão pela Esplanada dos Ministérios, no Dia Internacional da Mulher, celebrado na próxima quinta-feira (8/3). O ato "8 de Março Unificadas" terá , além de atividades culturais e políticas, um protesto até o Congresso Nacional, onde será encerrado o evento.
A concentração será a partir das 13h, no Museu Nacional da República. No local, haverá uma ampla programação com intervenções, inclusive uma aula pública sobre alguns dos eixos do ato. Uma das coordenadoras à frente do debate, Cleudes Pessoa, ativista feminista do Fórum de Mulheres do DF e Entorno e da Articulação de Mulheres Brasileiras, disse ao Correio que serão discutidos, principalmente, temas que afetam diretamente a vida e a segurança das mulheres no país, como o racismo, o feminicídio e o desmonte de políticas públicas para as mulheres nos últimos anos.
Cleudes explica que a primeira parte da aula contará com a participação de nove articulações feministas da cidade, que elaboraram parte do ato, e o segundo momento será de depoimento e dúvidas das mulheres participantes: ;É fundamental que mulheres compareçam em peso, porque esse ato, essa paralisação, simboliza a celebração de nossas lutas. Foram muitas mulheres que vieram antes de nós para garantir nossa liberdade de luta pela igualdade de gênero;.
Marcha na Esplanada dos Ministérios
Por volta das 17h30, as mulheres sairão em marcha até a Alameda dos Estados, na Esplanada dos Ministérios, onde será finalizada a programação. A expectativa das organizadoras é reunir mais mulheres que em 2017, quando o ato contou com mais de 10 mil participantes. Na página oficial no Facebook, os movimentos que organizam o evento publicam, diariamente, textos e vídeos convocando mulheres a irem às ruas contra o machismo, a lesbofobia, a bifobia, a transfobia e todas as formas de opressão. Para saber mais, clique .
"Nós, mulheres do campo, da cidade, das águas e das florestas, sairemos mais uma vez às ruas e mostraremos a nossa força. Vamos parar nossas atividades e seguiremos em marcha, juntas, livres e unidas contra o patriarcado. Nenhum direito a menos! Nem uma a menos! Pelo direito aos nossos corpos e às nossas vidas", escreveu a organização, na descrição do evento.
Dia Internacional da Mulher
O 8 de março nasceu há mais de 150 anos como um dia de luta e resistência das mulheres, por igualdade, respeito e liberdade. Em 1857, centenas de operárias foram mortas por policiais queimadas em um incêndio em uma fábrica têxtil de Nova York, nos Estados Unidos. À época, elas reivindicavam por melhores condições de trabalho e direito à licença-maternidade. Em homenagem às vítimas, que protestavam por mais direitos, em 1911 foi instituído o Dia Internacional da Mulher.