Deborah Novais - Especial para o Correio
postado em 23/10/2017 16:44
A empresa responsável pela obra que desabou na tarde de sexta-feira (20/10) na Colônia Agrícola Samambaia, em Vicente Pires, atuava de maneira irregular, afirma o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Distrito Federal (CAU/DF). Além disso, o órgão informa que a vítima, Agmar Silva, 55 anos, não tinha registro de arquiteto e urbanista. Ele era um dos proprietários da firma Agmar e Lissandra Arquitetura.
[SAIBAMAIS]"O Registro de Responsabilidade Técnica (RRT) da construção não foi localizado", ressalta o CAU/DF, em nota. Ainda segundo o conselho, a profissional Lissandra Latorraca, cujo nome consta na placa de identificação instalada na obra, será notificada pela ausência do documento. O registro comprova a existência de habilitação e regularidade de atuação do responsável por projetos de arquitetura e urbanismo.
Os bombeiros encontraram o corpo de Agmar nos escombros, na manhã desta segunda-feira, após 66 horas de busca. De acordo com a corporação, o homem atuava como técnico em edificação e fazia vistoria do local no momento do acidente. O Instituto de Medicina Legal (IML) já liberou o corpo para os familiares.
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As buscas pelo técnico começaram apenas após a família informar o desaparecimento. Até o momento, a corporação não sabia da existência de vítimas. No instante do desabamento, cinco funcionários da obra almoçavam do lado de fora do local e não saíram feridos.
O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil estudam as causas do desabamento. A investigação, que inspecionará fatores como qualidade do material e acomodação do solo, deve durar entre 30 e 60 dias.