Cidades

Adolescentes infratores fazem princípio de rebelião em unidade de Luziânia

Segundo agentes educacionais do sistema que trabalham na unidade, os adolescentes começaram a bater nas grades das celas e conseguiram quebrar parte da estrutura

Isa Stacciarini, Luís Nova - Especial para o Correio
postado em 09/02/2017 23:06
Armas artesanais feitas na unidade Um princípio de rebelião no Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) de Luziânia (GO), distante aproximadamente 58 quilômetros de Brasília, foi registrado na noite desta quinta-feira (9/2). Segundo agentes educacionais que trabalham na unidade, os adolescentes começaram a bater nas grades das celas e conseguiram quebrar parte da estrutura. Alguns deles conseguiram arrancar ferros da estrutura e fazer espetos, usados como arma branca.

Segundo uma servidora que trabalha no Case há quatro anos, a revolta dos internos começou no plantão noturno desta quinta-feira, mas, por volta das 22h30, o tumulto já havia sido controlado. Ela contou que os internos, alguns encapuzados, conseguiram arrancar parte da fiação da estrutura com os "espetos". O Corpo de Bombeiros de Goiás e a Polícia Militar de Goiás foram acionados para controlar a situação.
Pedras de concreto enroladas em camisetas são comumente usadas como armas no CAES
Segundo a servidora, os internos estavam alterados já durante o dia e a movimentação de tensão começou no plantão diurno. "Sem motivo aparente, começaram a nos xingar, mas foi feita a mediação pelos agentes e eles se acalmaram. Mas, adentrando a noite, eles começaram a bater nas grades e iniciaram um tumulto, que é o de costume quando eles estão insatisfeitos com alguma coisa;, contou uma das servidoras que trabalha na unidade.

A agente explicou que a média é de 65 internos na unidade para oito agentes durante o dia e cinco no plantão noturno. "A própria estrutura não ajuda em nada. É fraca e frágil", denunciou.

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