Isa Stacciarini
postado em 26/12/2016 14:38
Quatro dias depois de ter sido dado como desaparecido, o corpo do professor Carlos Brasileiro Pita, 31 anos, foi encontrado pelo Corpo de Bombeiros, nesta segunda-feira (26/12), às margens da Cachoeira do Indaiá, em Formosa (GO). Professor de física da Secretaria de Educação do Distrito Federal, ele dava aulas no Centro de Ensino Médio (CEM) 417 de Santa Maria. As causas da morte ainda estão sendo investigadas pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).
A mãe da vítima, Virgínia Miranda, usou as redes sociais para dar a notícia a amigos e familiares. "Ele agora é um anjo no céu", escreveu ela, seguida de diversos comentários de apoio e pesar. Uma hora após a publicação, a postagem já havia mais de 360 reações e 35 compartilhamentos. Mesmo assim, apesar da confirmação da morte do rapaz, o Correio só publicou a reportagem noticiando o fato após a autorização da família, que pediu o prazo de uma hora para informar amigos e familiares sobre a tragédia. A ideia era evitar que pessoas muito próximas ao jovem tomassem conhecimento da morte por meio da imprensa.
[SAIBAMAIS] A madrasta de Carlos Pita contou à reportagem que ele havia ido sozinho à cachoeira na sexta-feira (23/12) e tinha avisado aos amigos. ;Não há nenhum motivo especial, ele simplesmente gostava de fazer essas coisas. Não tinha nada de errado;, ressaltou Vanda Maria Amaro de Melo, 42 anos, que também é professora.
Carlos morava sozinho em um prédio na 912 Norte e era solteiro. Segundo Vanda, ele tinha acabado de ser aprovado no mestrado da Universidade de Brasília (UnB) na área dele e estava feliz. "Ele era uma pessoa muito tranquila, sociável, alegre e que gostava muito de conhecer o mundo. Estava sempre viajando e conhecendo coisas novas. Era muito interessado pelo mundo", destacou.
Pita estava desaparecido desde quinta-feira (22/12). O carro dele foi encontrado na noite de domingo (25/12), nas proximidades da Cachoeira do Indaiá, em Formosa (GO). Cães farejadores auxiliaram nas buscas pelo rapaz.
Familiares de Carlos Pita mobilizaram amigos e conhecidos por meio do Facebook. Carlos foi visto pela última vez pelos porteiros do prédio onde morava. Antes de seguir para o parque ecológico, ele convidou um amigo, mas acabou indo sozinho.