;Quarenta e dois anos não são 42 dias;, resume o grão-mestre Moo Shong Woo, aos 85 anos. Com um português recheado de sotaque e uma entonação cheia de tranquilidade, Mestre Woo se diz honrado com a homenagem que vai receber na próxima segunda-feira, na Câmara Legislativa, pelo legado que construiu na Entrequadra 104/105 da Asa Norte ; a Praça da Harmonia Universal (PHU) ; e toda a história do tai chi being tao em Brasília. De volta no tempo, ele conta que foi a energia daquela superquadra que o cativou. ;Senti uma vibração boa;, relembra.
Mestre Woo chegou a Brasília em 1968, morou alguns anos em Taguatinga, mas logo se rendeu ao projeto urbanístico de Lucio Costa. ;À ideia de as pessoas aproveitarem a superquadra, descerem, se encontrarem, esse movimento de fraternidade;, comenta. As distâncias e as árvores da capital também encantam o chinês, radicado brasileiro e brasiliense de coração. ;É bom para o nosso interior, para sentirmos a paz;, afirma. ;Tenho saudade da minha terra. Mas Brasília é o melhor lugar da vida. Um paraíso. Todas as cidades deveriam copiá-la;, acrescenta.
Quando ainda morava e estudava medicina nos Estados Unidos, Mestre Woo ouviu falar da inauguração da nova capital do Brasil. Para ele, um sinônimo de esperança. ;O presidente Juscelino Kubitschek tinha uma vibração tão boa;, recorda. ;Sentia que tinha que ir com a nova capital.; Em uma terra onde via constantemente cenas de racismo, o país tropical e tão diversificado era o ideal. ;O Brasil é uma mistura de todas as raças, e o coração de Deus não tem cor;, argumenta. A mesma filosofia, Mestre Woo coloca em prática na Praça da Harmonia Universal. Ali, todas as cores, todas as religiões, todas as etnias, todas as idades e todas as classes sociais estão convidadas a compartilhar experiências e encontrar a saúde para a mente, o corpo e o espírito.
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