Especial para o Correio
postado em 20/01/2016 06:47
Começou a época mais esperada pelos consumistas de plantão. Em shoppings e lojas de rua, é difícil encontrar uma vitrine sem cartazes de desconto. Avisos de ;50% em todas as peças;, ;liquidação de verão na primavera;, ;queima de estoque; se espalham por todos os tipos de estabelecimento: vestuário, joias, brinquedos, artigos de decoração e até móveis.A oferta reflete uma notícia não tão boa para os comerciantes: é hora de correr atrás do prejuízo. A crise econômica, que apertou o bolso dos brasileiros ao longo de 2015, fez com que as compras fossem fracas até mesmo nos meses de fim de ano ; os mais esperados pelos lojistas. ;Os resultados foram pífios, quase não se vendeu. O comércio está desaquecido;, conta o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF), Adelmir Santana. Segundo ele, o setor mais afetado é o de vestuário, que espera recuperar o prejuízo.
No DF, as vendas subiram apenas 2% ; abaixo dos 3%, já pessimistas, esperados pelo Sindicato do Comércio Varejista (Sindivarejista). Segundo estudo da Kantar Worldpanel, além do valor investido em presentes ter sido menor que no ano anterior, quase 40% das pessoas ouvidas pretendiam aguardar as promoções pós-festas para fazer compras. Muitos estabelecimentos da capital estão apostando nessa demanda reprimida para atrair a clientela. Na loja de sapatos que Eliane Andrade gerencia, a diferença nas vendas entre o Natal e janeiro é notável. Os anúncios de descontos de até 70%, que cobrem quase toda a vitrine, tiveram bons resultados.;No fim do ano, as clientes levavam um ou dois pares, no máximo. Agora, elas vêm e levam cinco;, comemora.
Quem tem se dado bem com o fraco movimento do comércio são os consumidores. Em uma só loja, Carolina Santana, 21 anos, conseguiu comprar dois casacos por praticamente a metade do preço inicial. Um passou de R$ 139 para R$ 69, enquanto o outro foi de R$ 99 para R$ 59. ;O fim de ano tem vários eventos, então as lojas estão com os estoques lotados de novidades. Vale muito a pena;, diz a estudante.
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