postado em 13/12/2015 11:24
Mais de seis mil pessoas, segundo a Polícia Militar do Distrito Federal, se manifestaram contra a presidente Dilma Rousseff e pelo fim da corrupção, na manhã deste domingo (13/12), na Esplanada dos Ministérios. A mobilização pacífica, que durou cerca de três horas, terminou por volta das 13h, de acordo com a PM, sob céu fechado e chuva.
A concentração começou às 10h30, em frente à Catedral Metropolitana, no Complexo Cultural da República, na zona central da cidade. Alguns dos manifestantes participaram de missa e, em seguida, rezaram o "Pai Nosso". Como no último protesto a concentração partiu do Museu da República, muitas pessoas também se concentraram por lá.
Por volta das 11h, aproximadamente 600 manifestantes seguiram caminhando pela Esplanada dos Ministérios, em direção ao Congresso Nacional. Vestidos em maioria de amarelo e com bandeiras do Brasil, os participantes executaram o Hino Nacional e bradaram palavras de ordem pedindo o afastamento da presidente.
A versão Pinóquio da presidente do Brasil - um boneco de plástico inflável -, foi armado no local em tom de crítica a Dilma. Um grupo se manteve ao redor do boneco alegando que petistas infiltrados na manifestação poderiam furá-lo. O Batalhão de Choque foi acionado para conter aglomerações.
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O engenheiro Paulo Cavalcante, 54 anos, disse que estava nas ruas por se sentir descontente com o atual administração, a corrupção e a crise econômica. Ele aposta na saída da presidente. "Fevereiro será a pá de cal do impeachment."
Faixas com palavras de ordem foram instaladas no gramado em frente ao Congresso Nacional, onde também estavam estacionados dois carros de som, que puxavam os gritos de guerra. Algumas faixas também pediam o afastamento do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
A manifestação também contou com a leitura de um manifesto, produzido pelos organizadores dos movimentos Vem Pra Rua e Brasil Livre, que pediam "coragem" aos parlamentares e cobravam do Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, "a prisão dos políticos envolvidos da Lava Jato". "Queremos uma nova fase de esperança e mudança, queremos voltar a bater no peito e sentir orgulho do nosso Brasil", dizia o texto.
Quase ao final da manifestação, outro grupo fez um enterro simbólico do governo, levando um caixão com a imagem da presidente para a Câmara. Houve confusão e empurra-empurra entre os manifestantes para poder tocar o caixão. Ao fim do protesto, os manifestantes queimaram o objeto. O movimento foi pacífico, sem ocorrências de violência. Muitos trouxeram os filhos pequenos e aproveitaram a Esplanada fechada para passear.
Com informações de Marcella Fernandes e da Agência Estado