A Polícia Civil do Distrito Federal desarticulou uma quadrilha de tráfico interestadual de drogas após três meses de investigação. Ao todo, foram apreendidos 10 kg de craque, o que corresponde a 40 mil doses da pedra, e 5 kg de maconha. Quatro pessoas foram presas e dois carros recolhidos.
Segundo a polícia, a droga era negociada por Carlos Augusto Marques, 39 anos, conhecido como Gugu, e por seu braço direito Amadeu Vaz da Silva Júnior, 50, o Junão. Com a ajuda de Francisco Ferreira da Silva, 28, de apelido Chiquinho, eles recebiam a carga na Estrutural e a levavam de carro para Planaltina de Goiás, onde residem. De lá, os entorpecentes eram distribuídos no DF e cidades ao redor de Brasília.
A polícia apurou ainda que, uma mulher de 28 anos, teria sido contratada pela quadrilha para transportar a droga do grupo até Planaltina de Goiás. Ela foi surpreendida pela polícia na Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia), próximo ao Córrego Bananal. No carro, um gol vermelho, os investigadores encontraram em uma bolsa no porta-malas 10 Kg de crack. Para despistar a polícia, a mulher fazia a viagem com a filha, de apenas nove anos. "Cada quilo de crack é comercializado por cerca de R$ 12 mil. Portanto, receberiam pelo carregamento algo em torno de R$ 120 mil", estimou o delegado Rodrigo Bonach Batista Pires, coordenador da Coordenação de Repressão às Drogas (Cord).
Após realizarem buscas na casa dos suspeitos, foram apreendidos mais 5 kg de maconha, uma balança digital de precisão, R$ 2,4 mil em dinheiro e um Fiat Uno. Os carros não são frutos de roubo, e o Gol estava no nome da mulher. Os suspeitos poderão responder por tráfico e associação para o tráfico de drogas. Se forem condenados podem pegar entre 8 a 25 anos de prisão. Nenhum deles tem antecedentes criminais no Distrito Federal.