Cidades

Sindicatos rejeitam apelo e anunciam greve para pressionar GDF

Entidades não aceitam o pedido de compreensão do governo e dizem que, se os reajustes não forem pagos na data combinada, servidores entrarão em greve. Mas governo acredita em um acordo. Paralisação geral está confirmada para quinta-feira

postado em 22/09/2015 06:07
Integrantes do governo passaram a segunda-feira em reunião com sindicatos a fim de explicar a suspensão por tempo indeterminado do reajuste salarial a 32 categorias. Uma das principais reclamações das entidades, desde o início do ano, é sobre a falta de diálogo por parte do governador Rodrigo Rollemberg (PSB), que, segundo os sindicalistas, toma decisões que afetam a vida dos servidores sem escutar os interessados. Na tentativa de aliviar a tensa relação com os representantes das categorias, o Palácio do Buriti fez um gesto de aproximação ao convidá-los para uma conversa. As associações, no entanto, não se sensibilizaram com os argumentos do Executivo local e deixaram claro: estão dispostas a declarar greve geral, caso o socialista não mude de ideia em relação ao pagamento dos aumentos ; as mudanças nas regras da licença-prêmio também causam revolta.

Entidades não aceitam o pedido de compreensão do governo e dizem que, se os reajustes não forem pagos na data combinada, servidores entrarão em greve. Mas governo acredita em um acordo. Paralisação geral está confirmada para quinta-feira

Todas as entidades marcaram paralisação para a próxima quinta-feira, com o objetivo de iniciar a pressão sobre o Buriti, que espera estender as negociações até início do mês que vem. A data limite para manter o diálogo ; e os funcionários nas repartições ; é o quinto dia útil do mês que vem. Estão marcadas para 7 de outubro as assembleias para oficializar o posicionamento, caso não caiam na conta os vencimentos acrescidos do reajuste negociado pelo governo passado. No fim das contas, o caso deve parar na Justiça. Ao mesmo tempo em que os trabalhadores prometem não recuar, o GDF alega não ter dinheiro e diz ser impossível mudar de posição.

Sem utilidade
O encontro de ontem, de acordo com a presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues, ;não serviu de nada;. ;Não teve avanço nenhum. O governo pediu compreensão, mas rejeitamos o pedido. Não vamos pagar pela crise. O governador vai ter que rebolar, se unir à Câmara Legislativa, encontrar alguma solução;, aponta. Samuel Fernandes, diretor do Sindicato dos Professores, também critica o GDF. ;A categoria não vai aceitar nenhuma retirada de direito. Diante de qualquer manobra do governo de não pagar, não teremos outra alternativa, a não ser entrar em greve;, promete.



O secretário de Relações Institucionais e Sociais, Marcos Dantas, afirma que não há verba para honrar os reajustes, mas acredita que as partes envolvidas chegarão a um ;ponto de equilíbrio;. ;Greve nunca é bom para a cidade. Estudamos outras medidas para trazer mais recursos ao nosso caixa. Marcamos uma nova reunião com as entidades para semana que vem, mas, se houver novidades, podemos antecipar as conversas;, diz.

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