Jacqueline Saraiva
postado em 12/06/2015 13:38
Após morar por nove anos no Zoológico de Brasília, o tigre de bengala Diego foi transferido, na quarta-feira (10/6) para o santuário Rancho dos Gnomos, localizado na cidade de Cotia (SP). A retirada do felino do zôo ocorreu após decisão em conjunto das duas instituições e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Segundo funcionários do santuário, a transferência de Paru, como é chamado agora, ocorreu tranquilamente e o animal passa bem.O macho da espécie de tigre de bengala chegou ao zoo de Brasília em dezembro de 2006, após uma apreensão do Ibama. Na ação administrativa, impetrada pelo órgão, foram resgatados um casal de tigres e cinco leões do picadeiro que pertencia ao Transcontinental Circo. À época, o Ibama havia constatado evidências de maus-tratos. Desde então, os animais passaram a viver no zoológico. Foi o próprio Ibama, segundo o Rancho dos Gnomos, que fez a solicitação de transferência, depois que ele perdeu a companheira, em 2012, e entrou em um quadro de depressão.
Diego, ou Paru, foi levado em uma jaula apropriada para o tipo de viagem, sob a escolta do órgão de fiscalização e de instituições ambientalistas, e chegou em boas condições ao Rancho dos Gnomos. No Facebook, os funcionários postaram fotos dele no novo recinto, já explorando o ambiente. Segundo os responsáveis pela instituição em São Paulo, o novo nome é uma homenagem a um atleta chamado Paulo Victor Pinheiro.
Maus-tratos
Além dos animais vindos do Circo Transcontinental, o Zoológico de Brasília já abrigou diversas espécies em situação de maus-tratos, entre eles, os animais do Le Cirque: o elefante Chocolate, o rinoceronte Thor, a hipopótamo Iuly e a lhama Carijó. Também recebeu animais do Zoológico de Niterói e de criadouros particulares.