postado em 24/12/2014 06:04
Eles querem levar o balé alemão às crianças carentes do Distrito Federal. Mas, até lá, têm alguns obstáculos para superar. Os bailarinos Camila de Carvalho, 20 anos, e Hyurathan Machado, 19, são alunos do Instituto Federal de Brasília (IFB), onde fazem licenciatura em dança. Ao mesmo tempo, eles atuam como professores voluntários do projeto Educar Dançando ; iniciativa voltada para o atendimento a crianças carentes do DF (Leia Para Saber Mais). A dupla conquistou bolsas de estudos na melhor escola de dança de Berlim, na Alemanha. Porém, mesmo com vaga assegurada, ainda precisa de dinheiro para realizar a viagem e garantir a permanência no país durante os três meses de curso.
O intercâmbio foi possível graças a um acordo de cooperação internacional entre o IFB e a Escola Superior de Dança de Berlim, na Alemanha. Para conquistar a vaga, Camila e Hyurathan apresentaram um vídeo onde aparecem dançando a canção Wrecking ball, da cantora americana Miley Cyrus, a partir de influências de balé clássico e moderno. Além disso, exibiram um projeto por meio do qual traçavam o objetivo em estudar na instituição. A seleção ficou a cargo da professora Edna Azevedo, que por cerca de 10 anos deu aula na escola europeia, mas hoje atua como docente no IFB.
;Eu vi que eles tinham um perfil muito bom, pois são alunos muito aplicados e empenhados na dança clássica. Além disso, eles fazem parte do projeto (Educar Dançando);, explicou Edna. Segundo a professora, os profissionais de Berlim estão montando uma grade horária específica para Camila e Hyurathan, com foco no ensino infantil. ;Eles irão absorver a metodologia alemã para repassar aos estudantes do DF;, completou. Em 2011, a escola de Berlim recebeu os estudantes Glauber Lucas Mendes Silva, de Samambaia, e Matheus Vaz, da Estrutural. Eles eram alunos do Educar Dançando e ganharam bolsas de estudos para continuar os estudos na área. Ambos estão na Alemanha até hoje, com previsão de se formarem em 2016.
Camila e Hyurathan mantém contato com os colegas. ;Essa é uma oportunidade única, um privilégio muito grande. Temos contato com o Matheus e com o Glauber. Eles nos dão várias dicas. Assim como eles, buscamos ajuda. Estamos na rua, correndo atrás de patrocínios, de auxílios. Então, estamos participando de todos os eventos que aparecem, fazendo apresentações para levantar fundos. Já conseguimos dinheiro de amigos, do prefeito da minha cidade, de gente na rua, mas a maior parte vem do IFB;, contou Camila, que é moradora de Santo Antônio do Descoberto (GO), onde dá aulas em um projeto pessoal também para crianças de baixa renda. ;Com a concretização desse sonho, vamos acrescentar muito à nossa carreira e, assim, poderemos passar isso tudo para os meninos e meninas para os quais damos aulas e que não têm condições de pagar;, frisou.
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