Cidades

Corregedoria vai apurar se médica do HRC foi negligente em atendimento

Paciente de 57 anos foi levada à unidade de Ceilândia com parada cardíaca e morreu no local depois de discussão entre médica e sargento do Corpo de Bombeiros

postado em 28/07/2014 07:20

A noite do último sábado (26/7) foi marcada por uma confusão no Hospital Regional de Ceilândia (HRC). O Corpo de Bombeiros levou uma paciente em estado grave à unidade. Uma das médicas plantonistas alegou ser impossível atender a mulher, o que provocou um bate-boca com os socorristas. A vítima, Carmovina José Gonçalves, 57 anos, morreu no hospital e os envolvidos foram parar na delegacia. A médica foi afastada pela Secretaria de Saúde.




Procurada pelo Correio, a pasta não quis comentar o assunto. No início da noite de ontem, no entanto, encaminhou nota em que comunicou o afastamento da médica. ;A Corregedoria da SES vai apurar o caso paralelamente à investigação da Polícia Civil. Por se tratar de um óbito de paciente, a secretaria também irá notificar o Conselho Regional de Medicina (CRM) para as providências que considerar pertinentes.;

[SAIBAMAIS]Segundo o delegado que atendeu o caso, Celizio Espíndola, da 23; Delegacia de Polícia, o desentendimento aconteceu por volta das 18h. No Boletim de Ocorrência, registrado às 20h40, consta que o Corpo de Bombeiros foi acionado para atender uma vítima de ataque cardíaco, no Setor O. Os militares levaram a mulher para o HRC e, ao chegarem lá, foram informados pela médica Virgínia Pimentel de que não havia profissionais para fazer o atendimento. A médica teria informado que o hospital havia emitido alerta sobre a impossibilidade de receber pacientes em estado grave.

No documento, consta que, durante a discussão, Virgínia mandou o sargento Alan Lins calar a boca e, por conta disso, ele deu voz de prisão à médica, que acabou levada à delegacia. Ela, no entanto, não será investigada pelo desentendimento. ;Eu ouvi todas as partes e constatei que não houve crime de desacato. Portanto, ela não foi autuada. Quanto à negligência no atendimento médico, só será possível afirmar algo depois de concluídas as investigações;, explicou o delegado. A apuração dos fatos é conduzida pela 15; DP, que não divulgou nenhuma informação até o fechamento desta edição.

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