Distúrbios psicológicos e dependência química levam, em média, 273 policiais civis e militares a buscarem tratamento médico todos os meses. Somente no primeiro semestre deste ano, 1.642 agentes da segurança solicitaram ajuda nas respectivas corporações, de acordo com a Subsecretaria de Integração e Operações de Segurança Pública. Números que os representantes das categorias acreditam ser ainda maiores porque nem todos recorrem ao serviço médico.
Dos 80 policiais militares em tratamento atualmente, 58 ; ou 72,5% ; fazem parte do Programa de Recuperação e Apoio ao Dependente Químico (Pradeq). Quatro deles estão internados em clínicas de reabilitação. Outros 22 recebem apoio no Programa de Resgate a Autoestima e Valorização da Vida (Praev-Vida). A maioria absoluta dos pacientes é experiente e tem mais de 10 anos de trabalho.
As unidades que mais encaminharam militares para o Centro de Assistência Social (Caso) este ano foram o 11; (Samambaia) e o 9; (Gama) batalhões, cada um com 13 profissionais atendidos, seguidos pelo 17; (Águas Claras), com oito, e pelo 2; (Taguatinga Centro), com sete.
No caso da Polícia Civil, não está detalhado qual tipo de atendimento médico é prestado aos agentes. Dos 5.076 servidores, pelo menos 1.562 passaram por consulta psicológica no primeiro semestre do ano. O diretor-geral da Polícia Civil, Jorge Xavier, informou que vai comentar o caso após ter acesso aos dados detalhados da Policlínica.
O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Jooziel de Melo Freire, ressalta que os números de policiais em tratamento têm se mantido estáveis. ;São usuários de drogas lícitas (álcool) e ilícitas. O que não se recupera ou não aceita o tratamento é excluído da corporação;, garante. Jooziel destaca que as condições de trabalho da PM são excelentes. ;O pedido de aumento salarial é legítimo, mas o que ganhamos é condizente com o restante do país;, diz.
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