Ele está de volta às prateleiras de lojas de suplementos alimentares do Distrito Federal. O OxyElite Pro ; alvo de denúncias de uma série de reportagens no início do ano (leia Memória) ; agora é vendido sob a promessa de uma nova fórmula, sem a substância proibida em julho de 2012 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Conhecida como dimetilamilamina (DMAA), ela foi atestada como prejudicial à saúde. Especialistas alertam, no entanto, sobre a permanência dos riscos. A falta de análises específicas na composição do produto e a ausência de registro no órgão sanitário transformam clientes em cobaias. O Correio flagrou pelo menos quatro estabelecimentos especializados comercializando o artigo, afamado como um ;potente emagrecedor;.
O rótulo mais recente é parecido com o antigo. Leva o mesmo nome e tem logotipo similar ao anterior, mas com um detalhe: abaixo da tampa, no alto do frasco, aparece o termo ;nova fórmula;; escrita em inglês e destacada com um fundo vermelho. Na descrição do novo OxyElite Pro, não há informações sobre a presença do DMAA. Mesmo assim, a nutricionista esportiva Érika Reinehr chama a atenção para laboratórios que omitem a existência de determinados componentes na mistura do conteúdo. ;O DMAA foi proibido, mas algumas marcas fazem uma manobra: retiram-no apenas das informações contidas no rótulo e não eliminam o nutriente de fato. Isso já aconteceu com várias delas.;
Um estudante de 25 anos de Brasília, que não quis ser identificada, ignorou o perigo desse tipo de composto. ;A nutricionista disse que não receitaria (o OxyElite) e pediu, inclusive, para eu suspender o uso por conta dos problemas que ele poderia ocasionar, mas eu acabei tomando por conta própria, pois precisava emagrecer;, contou. Ela afirma ter perdido 4kg em 15 dias com a fórmula original do produto. ;Ele me deu mais gás para malhar e um pouco de insônia. Mas nada além disso;, completou. A jovem admitiu usar o produto, com DMAA, há um ano e meio.
