Ana Maria Campos
postado em 21/11/2012 06:20
Impedido de se candidatar nas últimas eleições por circunstâncias judiciais, o ex-governador Joaquim Roriz (sem partido) trabalha uma estratégia para assegurar a sua elegibilidade em 2014. Ele tenta demonstrar, numa ação que tramita na 17; Vara da Justiça Federal do DF, que não está enquadrado nas regras da Lei da Ficha Limpa, motivo que o fez ceder o posto de candidato à mulher, Weslian Roriz (PSC), no último pleito contra o petista Agnelo Queiroz (PT). O ex-governador sustenta que a renúncia ao mandato de senador, em 2007, cessou os efeitos da representação do PSol contra ele e impediu a abertura de processo administrativo disciplinar relacionado às suspeitas levantadas a partir de diálogos interceptados na Operação Aquarela ; investigação que tratou de desvios de recursos do Banco de Brasília (BRB). Dessa forma, significaria uma absolvição.
A Lei da Ficha Limpa estabelece que o político que renunciar depois do oferecimento de uma representação protocolada contra ele, capaz de autorizar abertura de processo com potencial de cassação, se torna inelegível pelo período que durar o mandato e mais oito anos após o encerramento deste. Na ação, Roriz pede que a Justiça declare o arquivamento da representação do PSol ; partido que pediu a cassação do então senador pelo PMDB. O ex-governador também requer um atestado de que sua renúncia foi aceita e, por isso, a representação perdeu o efeito e o processo ético-disciplinar foi suspenso. Com essa manifestação judicial em mãos, o ex-governador avalia que poderá contestar eventuais impugnações do registro de sua candidatura nas próximas eleições, caso resolva voltar a disputar o GDF ou, mais dificilmente, avaliam aliados, um cargo no Congresso.