Cidades

Prisão de quadrilha revela que drogas sintéticas chegaram às periferias

postado em 15/10/2012 06:00
A organização criminosa acabou detida dois anos depois de começar a vender drogas.

Traficantes de drogas sintéticas do Distrito Federal sempre tiveram o foco de suas ações voltado para jovens ricos e frequentadores de festas badaladas. Em encontros reservados, normalmente promovidos em mansões nos bairros nobres da capital, bandidos enriquecem com a venda de ecstasy, LSD e lança-perfume. Mas uma quadrilha presa na última segunda-feira revelou a expansão do negócio clandestino nas periferias.

Desde 2010, uma organização criminosa liderada por Raidon de Oliveira dos Santos, 38 anos, especializou-se em comercializar esses tipos de entorpecentes nas cidades mais distantes do Plano Piloto. No Recanto das Emas, a boate Mirage Club, na Quadra 601, servia de ponto para distribuição dos tubos carregados de éter perfumado, além de ecstasy. Nessas festas, cada unidade de lança-perfume era vendida a R$ 70. Nos lagos Sul e Norte, por exemplo, o usuário paga até R$ 100. Já o comprimido derivado da anfetamina e repassado ao preço de R$ 40 nas altas rodas custava R$ 20 nas regiões administrativas mais pobres.

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