postado em 17/07/2012 12:49
O Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty, informou à Agência Brasil que o pastor nigeriano não tem imunidade diplomática e pode ser submetido à ação policial como qualquer outro estrangeiro que more em território brasileiro. O pastor nigeriano é suspeito de ter espancado e estuprado uma mulher, também nigeriana, na residência oficial do embaixador da Nigéria, localizada no Lago Sul, bairro nobre da capital federal.A nigeriana, de 32 anos, morava de favor na casa do embaixador da Nigéria no Brasil, Goodluck Ebele Jonathan, nos últimos meses com a filha. Segundo ela, foi convidada a morar na residência do embaixador pela mulher dele. De acordo com o relato feito por ela à Polícia Civil, o pastor que a agrediu também mora na residência do embaixador com a mulher e filhos.
A nigeriana prestou queixa na 10; Delegacia de Polícia Civil do Distrito Federal no último sábado (14/7) e apresentava sinais de espancamento no rosto. De acordo com o delegado Wisllei Salomão, a nigeriana contou ter sido forçada a ter relações sexuais com o pastor nigeriano por duas ocasiões, em junho.
[SAIBAMAIS]O delegado disse que, inicialmente, o pastor pode ser denunciado por lesão corporal. A pena para esse tipo de crime varia de três meses a um ano de detenção.
Salomão disse que sem imunidade, o acusado será tratado como um denunciado de crime comum submetido às leis brasileiras. A Embaixada da Nigéria no Brasil não se manifestou sobre o caso. O delegado deve tomar ainda nesta terça-feira (17/7) o depoimento do pastor nigeriano. Até amanhã (18/7), o Instituto Médico-Legal (IML) deve divulgar o laudo confirmando se houve estupro, como denunciou a mulher.