Uma nigeriana de 32 anos teria sido agredida fisicamente por um funcionário da embaixada, na noite do último sábado (13/7), na residência oficial do embaixador. Ela morava na casa, de favor. A vítima prestou queixa contra o suspeito na 10; Delegacia de Polícia (Lago Sul). Os agentes foram até o local para realizar a prisão em flagrante, mas o embaixador não os atendeu, alegando, segundo a polícia, que estava em momento de descanso.
O suspeito da agressão é também pastor da filial da igreja nigeriana Montanha de Fogo, localizada na 713 Norte. Segundo a vítima, além das agressões físicas, ela teria sido estuprada duas vezes em junho. A mulher disse que contou o caso para outro religioso, que teria informado o embaixador. Ao saber dos relatos, o chefe da representação diplomática teria orientado a vítima a deixar a residência.
Ainda segundo a vítima, o local funcionava como uma pensão para nigerianos que não têm condições de morar em Brasília. Em troca da moradia, ela dava aulas de inglês na igreja, fundada pelo embaixador. Nesta segunda-feira (16/7), a suposta vítima deixou o local e está morando na casa de amigos.
As agressões físicas já foram confirmadas e a 10; DP aguarda os resultados dos exames realizados no Instituto de Medicina Legal (IML) para atestar se houve abuso sexual. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil já foi informado da ocorrência e caso o suspeito não tenha imunidade diplomática, responderá pelo crime perante a legislação brasileira. A embaixada, procurada pela reportagem, informou desconhecer o caso.
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Com informações da TV Brasília