Cidades

Doação de rim traz saúde ao Natal de jovem publicitário

postado em 25/12/2011 10:23

Quando alguém recebe um órgão doado, isso faz com que a vida se prolongue além da morte. O publicitário Leandro Naves Cavalcante sabe bem disso. Graças a uma doação, ele passou este Natal com saúde, ao lado da família. Em junho de 2010, Cavalcante recebeu o diagnóstico de insuficiência renal. Devido ao problema, acordava frequentemente com enjoo, dor nas articulações, olhos vermelhos, pressão alta, tonalidade da pele alterada e inchaço por todo o corpo. As dores chegavam a durar cinco dias seguidos.

Demorou até que médicos acertassem o porquê dos problemas. As melhoras na saúde começaram logo após a descoberta da causa dos transtornos, por meio de exames de sangue. O tratamento de hemodiálise (no qual uma máquina faz o papel do rim e filtra o sangue) começou em 18 de junho. As sessões ocorriam três vezes por semana e duravam quatro horas cada. ;Considero que o meu renascimento começou aí;, lembrou Leandro.

O transplante é considerado por ele como a última etapa da recuperação. O publicitário ainda precisa ir ao Hospital Universitário de Brasília (HUB) duas vezes, uma de manhã e outra à noite, todos os dias, para tomar medicação. ;Quando me internei, o médico disse que se não tivessem identificado logo a doença, eu teria somente mais 10 dias de vida. Nasci outra vez.;

Hoje, Leandro sente-se livre. ;Antes, eu não tinha vontade de acordar. Existiam muitas toxinas no meu corpo que me deixavam sem desejo de fazer nada. Assim que comecei o tratamento, isso mudou;, disse. Apesar do tratamento, Leandro não abriu mão das atividades que lhe davam prazer. Viajou para o Chile, se divertiu no carnaval de Salvador, esteve na França e na Espanha. ;Fiz diálise na França e na Espanha. De maneira alguma, eu deixaria esse problema interromper a minha vida. Não carreguei meu problema como um fardo;, afirmou.

As chances de recuperação eram nulas. Após seis meses de hemodiálise, veio a recomendação do transplante. A mãe de Leandro se dispôs a doar. Ele preferiu esperar um ;doador cadáver;. ;Tinha medo de prejudicá-la;, justificou. O tipo sanguíneo do publicitário é AB-, um fator pouco comum. É necessário fazer parte do mesmo grupo para doar. Na fila por um rim, havia oito pessoas na frente. Leandro começou a espera em maio. Fez a cirurgia em outubro, cinco meses depois. ;Voltei a ser quem eu era.;

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