postado em 14/04/2011 12:51
O advogado Raimundo Pereira Batista, 66 anos, acusado de atirar contra um coronel após uma briga, foi preso na manhã desta quinta-feira (14/4). O homem já havia se apresentado à delegacia na tarde de ontem, mas só pôde ser preso hoje com o decreto de prisão preventiva expedido pelo juiz do Tribunal do Júri de Brasília. Segundo o delegado-chefe da 5; Delegacia de Polícia (Setor Bancário Norte), Laércio Rossetto, o advogado estava em seu escritório no momento da prisão.[SAIBAMAIS]Raimundo chegou à delegacia por volta das 12h40. A prisão aconteceu entre às 10h e 11h da manhã. Ontem, ele havia chegado por volta das 16h acompanhando de um advogado. No entanto, ele não havia apresentado a arma do crime que foi apreendida hoje localizada dentro do carro do autor. Para o delegado, o fato de Raimundo ter ido ontem à delegacia foi uma manipulação. "Ele estava tentando manipular a situação, como se ele tivesse vindo de forma espontânea até a delegacia. Mas ele não apresentou, por exemplo, a arma do crime", comenta Laércio Rossetto.
Após a apresentação, o Ministério Público deu um parecer avisando sobre a denúncia contra Raimundo. Por volta das 19h, o Tribunal do Júri expediu o pedido de prisão preventiva. Segundo à polícia, Raimundo vai responder pela tentativa de homicídio e também por porte ilegal de arma de fogo, já que ele não tinha autorização. O delegado informou que essa não é a primeira passagem de Raimundo Batista, no ano passado, o advogado já tinha uma passagem pelo crime de ameaça.
Relembre o caso
O advogado Raimundo atirou, na segunda-feira (11/4), contra o coronel do Exército, Kleper Santos de Oliveira Batista, durante uma briga no Edifício Baracat no Setor de Diversões Sul (Conic). A confusão teria começado após Kleper reclamar da tentativa de Raimundo de furar a fila de entrada do elevador.
Um funcionário do local separou a briga, mas o advogado busca uma arma em seu escritório e disparou contra o coronel. O tiro atingiu a perna de Kleper Batista. Imagens do circuito interno demonstram que o advogado não agiu em legítima defesa.